domingo, 11 de janeiro de 2015

Carta de reconciliação

Se hoje eu fosse escrever uma carta de verdade, para me reconciliar com aquilo que mais preciso estar em paz, gostaria de escrever um texto mais ou menos assim, onde eu pudesse deixar claro tudo que sinto perante a situação:

"Bom dia.

Como vai você? Eu tenho passado meio mal, mas estou bem. Tenho saudades de você. Faz um tempo que eu não falo mais contigo e te vejo. O que aconteceu contigo? Ou melhor, conosco? Lembro muito bem que tu fazias parte do meu dia a dia. Sem ti, parecia que o dia não tinha graça. 

Sabe do que eu mais sinto falta? De tu me xingando de idiota. Eu sei que tu gostava de me ofender assim e realmente me fazias parecer um idiota na tua presença. É esse o poder que tens sobre mim.

Muita coisa mudou. Não somos mais os mesmos. A nossa comunicação mudou drasticamente. Parece que não há mais tanta conexão quanto havia. Parece que não há mais autenticidade. 

Bom, se chegamos onde estamos, acho que foi porque eu não soube cuidar bem de ti. Parece que tu gostas de te afastar de mim. Parece que eu não te mereço por perto. E sem ti... meus dias são mais tristes, mais pensativos. Fico deixado de lado, me sentindo sozinho.

Mas afinal, tu queres voltar? Sabes que eu estarei de braços abertos para te receber a qualquer momento né? Achava que eu não precisava te falar isso, visto que já me conheces bastante. 

Apesar do bem que tu me faz, tu sabes que foste cruel comigo né? Como que tu pôde me deixar te seguir assim sabendo que a queda seria grande? Por que tu brincou comigo se a brincadeira só tinha graça para ti?

Bom, tudo na vida tem seus motivos. Tu deves ter tido os teus e eu com certeza tenho os meus para te querer tão por perto. Mas agora me diz: como que eu posso te querer tão perto de mim e, ainda assim, querer te esquecer? Por que tu me permites viver essa dualidade enigmática?

Queria mesmo poder viver feliz contigo, estar sempre do teu lado e tu ao meu, mas parece que a nossa briga faz parte de ambas existências. Não há uma existência harmoniosa. Se eu te quero do meu lado, tem que ser com todos os teus não poucos defeitos. Tenho que te aceitar na tua perfeita imperfeição, assim como eu me aceito sendo um ser de coração fraco. 

Não acho justo me aproximar do fim sem te pedir perdão. Eu quis te tomar como verdade única e não te aceitei nas tuas fraquezas. Eu te quis tanto para mim que esqueci de te deixar viver. Se hoje ponho meu sentimentos nas entrelinhas é porque eu pensei muito em como podia chegar até ti. E acredito que para esse encontro, temos que ir de coração purificado: me perdoa por ter dificuldade de aceitar o que tens a me oferecer; me perdoa por ser esse chato possessivo que te quer a todo instante; me perdoa por me deixar prender a ti e não querer te deixar partir mais. Mas, acima de tudo, me perdoa por eu ter deixado de ser eu mesmo no meio do caminho.

Ah, amor, por que tu não voltas para o meu coração e fica lá bem guardado onde eu devia ter te deixado? Tu sabes que gosto muito de te sentir, mas tu tem me feito mal. Talvez a nossa briga vá durar um pouquinho mais e daqui a pouco tu voltas, né?

Bom, sinto tua falta.
Não te afasta muito de mim.

De todo meu coração um grande abraço,
Pedro Meyer"

E, bom, se essa briga minha com o amor fosse ter uma resposta, acho que seria bem breve e curta:

"Oi querido.

Eu nunca te larguei e nunca te largarei. Se eu te fiz mal, foi porque era o único jeito para tu aprenderes. Um dia, tu vais entender tudo que se passou dentro de ti e que eu meti a mão e vais me agradecer muito. Por hora, posso dizer somente para que confies em mim. Eu sei o que estou fazendo. Aproveite a viagem e deixa as tristezas de lado. Vive o teu momento do melhor jeito possível e não te esqueça: sem mim, não existe vida. Me busque nos momentos mais tristes e terás a certeza de que tudo tem cura, inclusive tu mesmo. 

Um abraço apertado
do Amor."

E se eu viajei demais nessa postagem... olha, é isso que faz esse sentimento. Só isso que eu posso dizer. 

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Quanto vale a tua vida?

Oi.

Como vão vocês?

Então, a notícia do momento é essa do atentado na França. Não tenho grande opinião sobre o assunto. Não conseguiria escrever um texto gigante aqui sobre isso. Afinal, poderia enrolar e enrolar e a minha opinião terminaria numa pergunta: "Quanto vale uma vida?".

Bom, pelo que parece, cada um tem uma opinião quanto a isso. Eu acredito que essa violência foi desnecessária, com certeza. Qualquer ato de violência é desnecessário na minha opinião. Tanto o ato dos chargistas de quererem ofender uma religião, quanto o ato dos terroristas em tirar 12 vidas. Não me crucifiquem com coisas como "ahh, mas e a liberdade de expressão" e afins, não sou um grande teórico desse ramo e não creio que eu deva falar sobre isso, é somente parte da minha opinião. 

Voltando à pergunta: Quanto vale uma vida?

...

...

Bom, é algo que me deixa meio pensativo. Eis umas possíveis respostas:

- Nada, já existem bilhões de homens e mulheres por todo canto. Uma vida não é nada.
- Tudo. Cada ser é único, cada vida é importante. 
- Sei lá, por que eu tenho que pensar nisso?
- Não tem preço. A vida é um dom que Deus nos dá e devemos cuidar dela com maior apreço.
- Uma vida vale uma charge.

Poderia passar a noite toda escrevendo possíveis respostas, mesmo que não sejam respostas que eu daria, mas iria ficar chato demais. Vou falar a minha opinião sincera: uma vida vale um aprendizado incrível; uma vida vale milhares de chances de fazer algo dar certo; uma vida vale sorrisos, tristezas, emoções; uma vida bem vivida deixa saudades; uma vida vale a vida, vale o dom que Deus nos dá de graça para aproveitar.

Uma vida pode valer muito. A vida que foi tirada das 12 pessoas com certeza valia muito. Não importa de quem for, a vida vale muito. Até a vida dos terroristas valem. Nenhuma vida devia ser tirada de modo tão cruel por motivos assim. Uma vida, definitivamente, não vale uma piada. 

Isso é um assunto que de fato me deixa pensativo. O valor de uma vida... O valor da minha vida... Já postei no outro blog com a seguinte questão: "E se eu morresse amanhã?". Bom, aprendi a respeitar o valor dessas palavras. Nunca sabemos do que pode acontecer no próximo dia. Jamais imaginaria eu que o dia 20 de Fevereiro de 2012 seria o último que eu iria conversar com o meu irmão. Jamais imaginaria que eu falando para ele que "o mano tatuíra é demais" seria a última coisa que eu diria para fazer ele rir. Eis a importância de cada dia... Aposto que os cartunistas não imaginariam que a ida para o trabalho seria a última da vida deles. E bom, ninguém imagina. A única coisa que sei é que nunca é tarde para tentar fazer a vida valer a pena...

Bom, comecei a escrever e acho que me perdi um pouco no meio, mas falei a minha mensagem. Não sou a favor da violência, tampouco "gratuita" como essa. Não idolatro os cartunistas pelas suas atitudes, tampouco posso dizer que concordo ou discordo de tudo que aconteceu, mas morte é algo muito sério para ser a consequência de uma dita "sátira".

Até mais,
Pedro.

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Sim, sou uma pessoa distrativa... problem?

E ai!

Então, vim aqui com uma intenção de escrever, mas no fim, o assunto que eu ia abordar me pareceu meio obsoleto e não deu mais vontade de escrever sobre. Para os curiosos de plantão, tinha pensado em falar sobre o vestibular da UFRGS que está ocorrendo nessa semana, mas não ficaria boa a postagem sobre isso. Posso até falar o que eu abordaria em poucas frases, contendo a minha opinião já: Vai com calma, rapaz, um vestibular não vai acabar com a tua vida e nem decidir tudo que vai acontecer nela; Afinal, é só uma prova dentre outras várias que tu já fez e vai ter que fazer. A aprovação ou não depende de vários fatores que não cabe a ti decidir agora. Para os amigos católicos, digo o de sempre: Entrega nas mãos de Deus e deixa que a vontade dEle seja feita. Pronto.

Enfim, como vão vocês? Sabe, uma coisa que eu gostaria muito é de ter mais contato com pessoas. Conversar mais com as pessoas sobre os assuntos do blog aqui. Umas 3~4 pessoas já vieram falar que adoraram meu blog e coisa do tipo em geral. Uma ou outra ainda citava certas postagens e a conversa continuava um pouco. Nunca tive uma longa conversa sobre os assuntos aqui tratados. No fim, posto um pouco do que vivo e do que leio de outros blogs. Então, fica o convite se alguém quiser falar sobre algo disso que eu falei. Adoro ouvir e falar sobre o amor, em suas diversas faces. :)

No mais, só tenho a dizer dos meus planos aqui: comecei o ano fazendo uma postagem que só eu posso ver que serve como um diário. Cada dia eu posto alguma coisa nela sobre meu dia, sobre meus sentimentos durante ele. Quem sabe, no fim do ano, eu tenha paciência de ler tudo e vir postar aqui o resumo do meu ano. Esse é um dos projetos. De resto, pretendo amadurecer esse ano. Talvez seja um pouco tarde para falar disso, mas vou seguir os rumos da minha vida. Quero estagiar, quero me dedicar mais a faculdade, quero entregar o meu amor nas mãos de Deus e deixar que Ele conduza (afinal, eu conduzindo não tá dando muito certo. Se estivesse, esse blog estaria vazio, acredito).

(sim, sou distrativo e vou escrever uma coisa nada a ver e depois retomo o pensamento)
Incrível isso né? A tristeza amorosa é quase como um impulso para eu escrever. Pelo que eu vejo no twitter, isso serve para muitas pessoas. Parece que quanto mais tu fala de algo que te faz mal, melhor tu ficas. Parece que quanto mais pessoas sabem que tu tá sofrendo, melhor tu te sentes. Eis o destino ironizando com a nossa cara. Bizarro, mas, felizmente, os amores sucedidos também se tornam grandes textos e poemas. Espero, um dia, satisfazer os poucos leitores desse blog com textos de amor profundo, mais do que os em inglês.

(back to the start)
Sabe, eu estava muito travado com essa coisa do Ciências sem fronteiras. Sim, era um sonho ir morar um ano na Inglaterra e largar para trás todas as coisas ruins. Mas, no fim, parece que Deus tinha outros planos para mim e aqui estou: em Porto Alegre e com uma recusa do CSF. Não quer dizer que não irei mais tentar, mas sim que por esse ano não rolou. Maybe next time. Mas sério, eu já tinha por certo isso e estava com tudo planejado para essa viagem. E sabes o que é o pior? Eu odeio criar expectativas e tinha criado dessa vez. Quebrei a cara. Maaaas, não foi tão ruim. Pelo menos agora me sinto um pouco mais livre para viver. Eis a vida me dando uma segunda chance de fazer dar certo tudo aquilo que eu queria fugir. Esse ano, quero ser mais eu. Quero viver mesmo. Viver o meu momento e deixar a vida me levar. Não ficar mais tão preso às coisas. Talvez, esse seja o meu primeiro passo em busca da minha felicidade: deixar de depender dos outros.

Pode parecer uma postagem idiota e que ninguém gostaria de ler, afinal, "o que esse cara tá falando da vida dele como se fosse algo interessante?". Bom, leia nas entrelinhas, meu caro. O futuro que eu quero, pode ser aquele que tu tens medo de buscar. Eu não sou ciumento, podes usar um desses meus pensamentos para a minha vida para a tua ainda. Não que sejam perfeitos, para muitos, podem ser idiotas até e não darem certos, mas para quem convir, boa sorte!

Enfim, se tu leu até aqui, parabéns! No mais, era isso. Quis escrever e pronto.

Um grande abraço,
Pedro.

quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Ano novo, vida nova... DE NOVO NÃO!

Olá.

Então, chegou o dia. 31 de Dezembro, o último dia do ano, a página 365 de 365, o dia em que todo o passado é deixado para traz e magicamente um novo ano começa e as pessoas mudam e todo mundo com mil metas e coisas por fazer e uhul, empolgação, ano novo chegou, sou uma nova pessoa!

É, mas eu não acredito nada disso que eu escrevi. Posso estar sendo meio Grinch em relação ao "ano novo", mas sério, eu vejo tanta besteira sendo dita quanto a essa data que me dá raiva. Desculpe se você é uma das pessoas que veste roupa especifica, pula sei lá quantas ondas, manda oferenda para Iemanjá e se esse texto puder ofender você. Respeito a crença de cada um, mas tem certas coisas que eu não consigo acreditar...

Tá, ok, chegar o início de um novo ano é algo de fato interessante, mas me diz: Por que a mudança de um dia para o outro deve ser usado de pretexto para tanta coisa? Afinal, você também deposita a fé de que tudo magicamente vai mudar quando troca de Abril para Maio? Sinto lhe informar, meu caro, mas o tempo e o calendário não tem poder nenhum sobre a tua vida. Tudo que acontece na tua vida é fruto do que tu escolhe fazer. Não é o dia primeiro de Janeiro que vai fazer tu entrar na academia e ficar pelo resto da vida nela, não é o dia primeiro de Janeiro que vai trazer dinheiro, amor e saúde para ti e para a tua família, não é o dia primeiro de Janeiro que vai mudar as tuas atitudes magicamente.

Bom, quanto às crenças pessoais, deixo cada um com as suas e não tenho o direito de faltar ao respeito com ninguém por conta disso, mas vou falar de mim. Até ano retrasado, o ano novo era símbolo de botar roupa toda branca, afinal, era o que minha mãe me "pedia" para botar. Hoje, já não estou me importando se estou de jeans e camiseta rosa. Afinal, nunca acreditei muito que a roupa que eu estivesse usando no dia 31 às 23:59 fosse influenciar no rumo do meu ano. Também nunca depositei nesse dia as esperanças do meu novo ano e as mudanças que tenho por fazer. Okay, sei que isso é um bom apoio para algumas pessoas e que tem metas que dão certo sim, mas para mim não funciona assim. O dia a dia da pessoa tem que ser um "ano novo", cada dia uma chance de mudar. Não espere dar Janeiro para começar a mudar. Podes mudar em Julho também, sabias?

Enfim, deixo aqui o meu desejo de feliz ano novo para todos, sim, mas mais que isso: Não se prendam a superstições. Celebrem, sim, a chegada de um novo ano, mas não se prendam a coisas tolas. Comemorem com a família, mas não impregne a noite com superstições. Sejam vocês mesmos como foram o ano todo. Não esperem que essa véspera vá fazer de vocês alguém diferente. Usem como apoio esse ano novo, e somente isso, um apoio. Um bom ano para todos!

Abraços,
Pê.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

O verdadeiro Natal!

Buenas!

Dia 25 de Dezembro, o vulgo Natal. Data cheia de significados independente de onde estás no mundo. Para uns, é data de se alegrar com o Papai Noel e seus presentes; para outros, data de reunir a família pelo menos uma vez no ano. Há também o viés Cristão: o nascimento do menino Jesus.

Posso dizer que até agora, este tem sido o melhor Natal que eu já tive na minha vida. Não, não foi por conta de ter ganho muitos presentes. Tampouco por ter sido um jantar que comi de tudo. O que realmente aconteceu foi que eu não cheguei despreparado para essa data. Quando eu era criança eu só via o lado dos presentes mesmo e adorava isso. Quanto mais presentes que eu queria, melhor. Com a adolescência, os presentes diminuíram. E assim foi sendo. Ano passado eu pouco me importei com o Natal em si.

Dessa vez, um projeto da paróquia que participo me fez ficar mais atento ao que estava acontecendo. Desde o primeiro Domingo do Advento, até a noite passada, cada dia tinha um exercício espiritual para ser feito. Não fiz todos, admito, mas maioria. Pude ter diversas experiências incríveis. Desde reflexões de passagens bíblicas até a oração do terço com alguma intenção especial. Desde ir a Missa num Domingo até buscar a confissão.

Mas okay, isso ali foi somente um dos motivos. A típica reunião familiar foi diferente. Ao invés de ser somente os filhos da minha avó com seus cônjuges e filhos, tivemos a ilustre presença de uma outra parte da família, mesmo que não de sangue (parte da família do meu dindo de batismo, no caso). O amigo secreto rolou entre essas quase 20 pessoas e foi algo muito legal. Todos juntos na sala, um de frente pro outro, parecíamos uma grande família. Em nenhum momento a saudade se fez presente para mim, me senti em casa.

Pra melhorar tudo isso, fui incumbido pela minha dinda de fazer a reflexão de Natal. "Ahh, Pepê, tu que é o mais jovem e espiritualizado podia fazer a reflexão né?" Okay, faço. E fiz. Comecei a pensar no texto na Segunda-feira, assim que me deram a notícia que eu teria que fazer. Comecei a escrever mesmo no dia, às 14h. Em menos de uma hora estava tudo pronto. Primeiro passo: OK! Faltava só o segundo passo: falar na frente das quase 20 pessoas enquanto todos esperavam que eu calasse a boca para poderem comer. Então, não podia entediar eles com o que eu tinha escrito, um desafio para alguém que não sabe falar que nem eu. Bom, quando todo mundo se reuniu eu já comecei a tremer, mas a parte da fala foi bem tranquila até. Poucos erros, só não consegui tirar os olhos do texto em nenhum momento, pois não queria me perder e falar besteira. Segundo passo: OK! Resultado: Terminei o texto e comecei a suar muito e quase desmaiei. Fiquei atônito pelo próximo minuto após o término da oração. Bom, faz parte. Ter falado sobre o menino Jesus e sobre tudo que eu sei quanto a data do Natal para tantas pessoas e que nem todas tem uma profissão de fé católica grande me fez incrivelmente bem.

As diversas felicitações que mandei e que recebi também puderam me fazer crescer e ter tido um Natal incrível, mas o que me chamou mais a atenção foi algo que aconteceu perto das 3h da madrugada. Estava mexendo no instagram e ver a foto de um antigo amigo com o seu avô me lembrou de uma boa parte da minha infância. Até agora não sei dizer o que eu senti, mas me senti na obrigação de mandar um feliz Natal e uma mensagem dizendo disso.

Enfim, o meu Natal foi muito bom. Agradeço a Deus por ter feito dele o melhor possível, afinal, me permiti viver o momento e deixar que Deus tomasse conta. Graças a Ele que eu pude ter essa experiência boa de Natal, diferente de outros anos em que pensava somente no lado comercial da data. Agradeço a todos que fizeram parte dele de um jeito ou de outro, também!

Um feliz Natal para todos!
Um grande abraço,
Pedro Meyer!


sábado, 20 de dezembro de 2014

Hey brother, there's an endless road to rediscover.

Olá!

Estava vendo um episódio do anime Sword Art Online II agora e me deu vontade de escrever. O último episódio dessa temporada foi um dos episódios mais intensos e emotivos que eu já vi na vida. É incrível como os roteiristas e desenhistas conseguiram passar a emoção em cada passo da história.

Em resumo e com spoilers: a história da personagem principal Asuna se liga a de uma jovem, Yuuki, que precisa fazer algo incrível até a primavera. Nesse caso, elas se conhecem dentro de um jogo de imersão virtual (a pessoa dentro do jogo mesmo de corpo e alma). Então, eles querem fazer algo para serem marcados nesse jogo e a Asuna tem que ajudar a Yuuki e seu grupo (guilda Sleeping Knights) nisso. Após eles conseguirem, Asuna tenta entrar na guilda e todos falam que não seria uma boa e que a guilda logo acabará. Somente depois que ela descobre que esse guilda é formada por pacientes em estágio terminal. Nesse episódio em questão, tem a última cena da Yuuki, uma garota de quinze anos que sobrevive por conta de máquinas e que se vê num estágio final mesmo. Ela morre dentro do jogo, nos braços da Asuna e rodeada por milhares de jogadores.

Moral da história: Não consigo resumir aqui os sentimentos passados nesse anime, mas a Yuuki tem muito a ensinar. Ela sempre se viu rodeada de perguntas como: "Por que eu nasci? Só pra causar prejuízos para a minha família e morrer?" (ela foi diagnosticada quando criança ainda). Ela acha uma resposta nos braços da Asuna e vê que conseguiu fazer a vida valer a pena.

Sabe, é muito interessante o quanto um desenho animado pode me fazer refletir. Ver a Yuuki "morrer" e chamando a Asuna de irmã (mesmo não sendo) me lembrou o meu irmão. Sim, quase toda história de morte que eu leio/vejo me lembra dele. Faltam dois dias para completar 2 anos e 10 meses, quase 3 anos. Assim como a Yuuki ensinou muito para a Asuna, também o meu irmão o fez. Faz tempo que eu não paro para escrever sobre a morte em si, acho que só no outro blog que eu escrevi sobre.

Bom, a diferença do anime para a vida real é que aqui não existe esse de jogo de imersão virtual (uma pena, devo dizer) e que a morte do meu irmão não foi tão premeditada quanto a da Yuuki. Para os que não sabem, meu irmão morreu num acidente de carro nas estradas de Dakota do Norte (EUA). Mais detalhes se fazem desnecessários, ele morreu na hora, nem chegou a ser levado para hospital algum. Foi bem do nada mesmo. Numa noite, estávamos falando no facebook que tatuíra era um bicho incrível e rindo disso; noutra, estava a minha família de Floripa em Porto Alegre, quebrando toda a rixa que existia antes em prol da união familiar num momento difícil.

Esse foi o primeiro ensinamento que ele me deixou: por maior que possa ser o "ódio" dentro da família, eles sempre estarão lá nos momentos mais difíceis. Até hoje me emociona ao lembrar do abraço que meu avô deu no meu pai na madrugada do dia 24 de Fevereiro de 2012, horas após a notícia do acidente. Sim, meu avô e mais vários outros parentes pegaram um avião na hora mais próxima que tinha e vieram a Porto Alegre independente de ser uma quinta-feira.

Depois, ele me deixou ensinamentos que tiveram que ser entendidos no dia a dia. Sempre fui uma pessoa muito fechada e pouco aberta à vida. Mas... ele me mostrou que isso não valia a pena na realidade que eu estava vivendo. Afinal, já vi muitas vezes e em diversas referências diferentes que nunca sabemos quando será o nosso último dia aqui. Ele com certeza não sabia... Então, de que vale passar um dia inteiro de mal humor e sem fazer nada de útil? Todo dia tem que ser vivido em sua plenitude. Sei que não faço isso, sou muito influenciável pelos meus sentimentos e eles podem me detonar, mas eu tento...

Hoje, o que resta? Tristeza? Saudades? Vontade de voltar no tempo? Talvez. Bom, tenho que dizer que pela minha "habilidade" de desapegar relativamente rápido de pessoas e do sentimento de saudades, eu quase não penso no assunto. Afinal, de que valeria eu viver a vida chorando? Não, isso não é vida para mim. Mas enfim, o que me resta hoje é a alegria. É lembrar do sorriso dele, da voz que ele fazia quando chamava a Mel, das imitações que ele fazia do pato Donald, da primeira vez que andei sozinho a cavalo e que ele estava ao meu lado. Muitas boas memórias que eu poderia citar aqui. Muitas boas memorias que eu poderia preferir esquecer e falar: "Não, o que resta é tristeza mesmo". Saudades é um sentimento que existe, sim, mas que não se faz constante. Se fosse constante, eu não faria jus a vida que ele quis ter e que não foi possível. Sim, tenho a lembrança também de eu sentado no chão ao lado da capela chorando pouco antes do corpo dele chegar em Porto Alegre, mas também tenho a lembrança dele me cuidando quando recém chegamos a Porto Alegre.

Bom, se posso escrever algo para terminar isso é: Não deixem para viver amanhã.

Thu, me dói escrever teu apelido aqui, mas não tem outro jeito que valha a pena escrever se não da forma mais carinhosa que eu te chamava. Obrigado por tudo. Obrigado por estar fazendo essas lágrimas de agora existirem, pois mostra o quão marcante tu foi nesses meus 16 anos e 360 dias de vida podendo ter o prazer de te chamar de irmão. Obrigado por ter me ensinado a ser esse guri que sou. Não tive tempo de aprender a ser um homem mesmo ao teu lado, pois estava no Ensino Médio quando tu partiu, mas hoje tenho essa chance de aprender por mim mesmo, de usar todo o exemplo que tu foi para mim e ser independente. A minha caminhada não acabou, mas eu sei que não caminho ela sozinho. Sim, Thu, ainda há um estrada sem fim para redescobrirmos. Sei que não com a tua presença física, mas te levarei sempre comigo nos pensamentos e orações. Sei que eu disse isso pouco, assim como tu também não era de dizer muito: Thu, eu te amo! Levo comigo ainda aquele abraço de quando foste para a tua sonhada viagem. Lembro do quão idiota eu fui de segurar o choro no momento para não te ver triste e, depois de ir pro carro, ficar chorando sozinho enquanto o pai ia no supermercado. Não vale a pena segurar as emoções quando a pessoa realmente vale a pena. Eu podia ter te dito que te amava na hora também, mas o abraço já disse tudo. E não sabes o quanto eu queria ter aquele abraço de novo...

Enfim, desculpa, leitor, se te fiz ler até aqui. Precisava botar para fora um pouco dos meus pensamentos e acabei me prolongando no texto e nas lágrimas. Esse ainda não é meu retorno definitivo aqui, devo postar algo no Natal e depois só em 2015.

Um grande abraço,
Pepê.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Goodbye for now.

Olá!

Então, tentei escrever essa madrugada aqui e agora há pouco de novo. Cheguei a publicar um texto, mas logo o apaguei, assim que me dei conta que o conteúdo nele escrito não deveria existir, deveria ser usado somente num contexto pessoal. Sei lá, ando meio perdido por aqui e não sei se consigo traduzir em palavras tudo isso.

Eu tentei escrever de novo agora e não sei, me parece que não vale a pena escrever sobre isso mesmo. Dessa vez, eu não pude usar o blog para desabafar e deixar meus sentimentos. Talvez eu fique um tempo sem escrever. Às vezes, é bom parar para poder recomeçar. Quando vier a inspiração, eu volto para cá, enquanto isso: fechado para balanço.

Desculpem.
Pedro Meyer.