segunda-feira, 21 de março de 2016

Vai, ama!

Ama.

Vai, ama a ti mesmo!

Ama aos outros,

ama o amigo que tu vê todo dia,

ama o que tu vê uma vez por ano,

mas ama,

de todo coração.

Vai, não para de amar!

Dá a cara a tapa,

entrega teu coração.

O que tu tens a perder?

Vai, deixa de ser medroso!

Amar requer coragem.

Aquela mesma que tu tem guardada ai dentro.

Todos temos,

nem todos usamos.

Vai, diz "eu te amo"!

Sério, mas só se for sincero.

Não diga só porque alguém te disse.

Diz se tu quiser dizer.

Mas ei, se o teu coração já disse,

não deixa a boca esperando muito tempo.

Tu sabes como é bom ouvir isso.

Vai, vive sem medo!

Porque quando se ama,

todos os medos se vão

só por estar perto das pessoas amadas.

Ou vai dizer que tu nunca te sentiu seguro

só por estar perto de alguém?

Tem pessoas que jogam todos os problemas longe

pelo simples fato de dizerem um "oi".

Vai, independente do porquê!

Tu não precisas de motivos para amar,

pra viver, pra respirar.

Somente ame o tanto quanto respiras, ou mais!

Podes até dar razão para os teus sentimentos,

mas tenta ouvir um pouco eles independente disso.

Vai, só vai!

Deixa o amor te guiar,

deixa ele animar teus dias.

Segue teu coração,

segue teu rumo,

segue feliz.

Vai, só vai!

Porque se tu não for,

eu não posso ir por ti.

Só não deixa pra depois, tá?

Nunca é tarde para amar,

mas o depois sempre pode ser tarde demais.

Vai, só ama!

Deixa teu coração a mostra

e não te preocupa em não sofrer.

Mais sofrem aqueles que não amam

do que aqueles que tentaram.

sexta-feira, 11 de março de 2016

Uma longa jornada

Tarde da noite e o coração não se aquieta.

Volta a palpitar por sentimentos antigos,

volta a sangrar por dores inúteis,

volta a mandar na mente.

Como que um rio numa montanha, me deixo levar,

deságuo no oceano dos pensamentos

e ali me afundo.

De tão fundo que vou,

procuro refúgio em Atlantis,

a cidade - talvez - tão perdida quanto meu coração.

Quisera eu não ter subido aquela montanha,

não ter me deixado levar pela vista

mesmo que parecesse tão linda

(e de fato era).

Mas fui, me entreguei a subir,

escalar, desbravar sua floresta.

Foi uma caminhada turbulenta,

perigosa até, diria.

Acontece que, ao chegar lá,

encontrei-me sozinho comigo mesmo.

Ao te procurar, te achei parada no pé da montanha.

A subida era arriscada demais para ti,

não estavas pronta pros obstáculos que vinham pela frente.

Tudo bem, eu te entendo.

A última vez que tu tentou subir não foi a melhor experiência.

Ao invés de te esperar e ir caminhando junto,

preferi sair correndo em busca do que eu queria.

Esqueci de te levar junto comigo.

Cometi meu erro e tentei descer de novo,

te pegar pela mão e caminhar.

Porém, tu não querias mais.

Preferiu ficar na planícies das mesmices.

Sem entender,

tentava te levar ao topo em cada montanha que passávamos.

Enfim, nossas jornadas seguiram.

Tu seguiu o teu caminho,

e espero que um dia tu consigas enxergar o topo também,

seja por ti mesma, ou seja por alguém ter subido junto.

Te desejo uma boa caminhada até lá.

Enquanto a mim,

busco montanhas mais altas ainda,

busco pessoas dispostas a subir comigo,

mas vou de coração aberto,

sabendo os erros que não devo cometer

e como devo caminhar.

Busco a minha felicidade,

a volta a margem do lago,

a saída da profundeza do oceano.

Busco, sim, um sentido real pro meu coração.

Norte, Sul, Leste ou Oeste,

pra onde ele me guiar é exatamente para onde quero ir.

Sem medo de arriscar,

sem medo dos obstáculos,

somente feliz em ter uma direção,

em tentar.

Sempre.

Até acertar.

Até achar a vista perfeita.