quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Ano novo, vida nova... DE NOVO NÃO!

Olá.

Então, chegou o dia. 31 de Dezembro, o último dia do ano, a página 365 de 365, o dia em que todo o passado é deixado para traz e magicamente um novo ano começa e as pessoas mudam e todo mundo com mil metas e coisas por fazer e uhul, empolgação, ano novo chegou, sou uma nova pessoa!

É, mas eu não acredito nada disso que eu escrevi. Posso estar sendo meio Grinch em relação ao "ano novo", mas sério, eu vejo tanta besteira sendo dita quanto a essa data que me dá raiva. Desculpe se você é uma das pessoas que veste roupa especifica, pula sei lá quantas ondas, manda oferenda para Iemanjá e se esse texto puder ofender você. Respeito a crença de cada um, mas tem certas coisas que eu não consigo acreditar...

Tá, ok, chegar o início de um novo ano é algo de fato interessante, mas me diz: Por que a mudança de um dia para o outro deve ser usado de pretexto para tanta coisa? Afinal, você também deposita a fé de que tudo magicamente vai mudar quando troca de Abril para Maio? Sinto lhe informar, meu caro, mas o tempo e o calendário não tem poder nenhum sobre a tua vida. Tudo que acontece na tua vida é fruto do que tu escolhe fazer. Não é o dia primeiro de Janeiro que vai fazer tu entrar na academia e ficar pelo resto da vida nela, não é o dia primeiro de Janeiro que vai trazer dinheiro, amor e saúde para ti e para a tua família, não é o dia primeiro de Janeiro que vai mudar as tuas atitudes magicamente.

Bom, quanto às crenças pessoais, deixo cada um com as suas e não tenho o direito de faltar ao respeito com ninguém por conta disso, mas vou falar de mim. Até ano retrasado, o ano novo era símbolo de botar roupa toda branca, afinal, era o que minha mãe me "pedia" para botar. Hoje, já não estou me importando se estou de jeans e camiseta rosa. Afinal, nunca acreditei muito que a roupa que eu estivesse usando no dia 31 às 23:59 fosse influenciar no rumo do meu ano. Também nunca depositei nesse dia as esperanças do meu novo ano e as mudanças que tenho por fazer. Okay, sei que isso é um bom apoio para algumas pessoas e que tem metas que dão certo sim, mas para mim não funciona assim. O dia a dia da pessoa tem que ser um "ano novo", cada dia uma chance de mudar. Não espere dar Janeiro para começar a mudar. Podes mudar em Julho também, sabias?

Enfim, deixo aqui o meu desejo de feliz ano novo para todos, sim, mas mais que isso: Não se prendam a superstições. Celebrem, sim, a chegada de um novo ano, mas não se prendam a coisas tolas. Comemorem com a família, mas não impregne a noite com superstições. Sejam vocês mesmos como foram o ano todo. Não esperem que essa véspera vá fazer de vocês alguém diferente. Usem como apoio esse ano novo, e somente isso, um apoio. Um bom ano para todos!

Abraços,
Pê.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

O verdadeiro Natal!

Buenas!

Dia 25 de Dezembro, o vulgo Natal. Data cheia de significados independente de onde estás no mundo. Para uns, é data de se alegrar com o Papai Noel e seus presentes; para outros, data de reunir a família pelo menos uma vez no ano. Há também o viés Cristão: o nascimento do menino Jesus.

Posso dizer que até agora, este tem sido o melhor Natal que eu já tive na minha vida. Não, não foi por conta de ter ganho muitos presentes. Tampouco por ter sido um jantar que comi de tudo. O que realmente aconteceu foi que eu não cheguei despreparado para essa data. Quando eu era criança eu só via o lado dos presentes mesmo e adorava isso. Quanto mais presentes que eu queria, melhor. Com a adolescência, os presentes diminuíram. E assim foi sendo. Ano passado eu pouco me importei com o Natal em si.

Dessa vez, um projeto da paróquia que participo me fez ficar mais atento ao que estava acontecendo. Desde o primeiro Domingo do Advento, até a noite passada, cada dia tinha um exercício espiritual para ser feito. Não fiz todos, admito, mas maioria. Pude ter diversas experiências incríveis. Desde reflexões de passagens bíblicas até a oração do terço com alguma intenção especial. Desde ir a Missa num Domingo até buscar a confissão.

Mas okay, isso ali foi somente um dos motivos. A típica reunião familiar foi diferente. Ao invés de ser somente os filhos da minha avó com seus cônjuges e filhos, tivemos a ilustre presença de uma outra parte da família, mesmo que não de sangue (parte da família do meu dindo de batismo, no caso). O amigo secreto rolou entre essas quase 20 pessoas e foi algo muito legal. Todos juntos na sala, um de frente pro outro, parecíamos uma grande família. Em nenhum momento a saudade se fez presente para mim, me senti em casa.

Pra melhorar tudo isso, fui incumbido pela minha dinda de fazer a reflexão de Natal. "Ahh, Pepê, tu que é o mais jovem e espiritualizado podia fazer a reflexão né?" Okay, faço. E fiz. Comecei a pensar no texto na Segunda-feira, assim que me deram a notícia que eu teria que fazer. Comecei a escrever mesmo no dia, às 14h. Em menos de uma hora estava tudo pronto. Primeiro passo: OK! Faltava só o segundo passo: falar na frente das quase 20 pessoas enquanto todos esperavam que eu calasse a boca para poderem comer. Então, não podia entediar eles com o que eu tinha escrito, um desafio para alguém que não sabe falar que nem eu. Bom, quando todo mundo se reuniu eu já comecei a tremer, mas a parte da fala foi bem tranquila até. Poucos erros, só não consegui tirar os olhos do texto em nenhum momento, pois não queria me perder e falar besteira. Segundo passo: OK! Resultado: Terminei o texto e comecei a suar muito e quase desmaiei. Fiquei atônito pelo próximo minuto após o término da oração. Bom, faz parte. Ter falado sobre o menino Jesus e sobre tudo que eu sei quanto a data do Natal para tantas pessoas e que nem todas tem uma profissão de fé católica grande me fez incrivelmente bem.

As diversas felicitações que mandei e que recebi também puderam me fazer crescer e ter tido um Natal incrível, mas o que me chamou mais a atenção foi algo que aconteceu perto das 3h da madrugada. Estava mexendo no instagram e ver a foto de um antigo amigo com o seu avô me lembrou de uma boa parte da minha infância. Até agora não sei dizer o que eu senti, mas me senti na obrigação de mandar um feliz Natal e uma mensagem dizendo disso.

Enfim, o meu Natal foi muito bom. Agradeço a Deus por ter feito dele o melhor possível, afinal, me permiti viver o momento e deixar que Deus tomasse conta. Graças a Ele que eu pude ter essa experiência boa de Natal, diferente de outros anos em que pensava somente no lado comercial da data. Agradeço a todos que fizeram parte dele de um jeito ou de outro, também!

Um feliz Natal para todos!
Um grande abraço,
Pedro Meyer!


sábado, 20 de dezembro de 2014

Hey brother, there's an endless road to rediscover.

Olá!

Estava vendo um episódio do anime Sword Art Online II agora e me deu vontade de escrever. O último episódio dessa temporada foi um dos episódios mais intensos e emotivos que eu já vi na vida. É incrível como os roteiristas e desenhistas conseguiram passar a emoção em cada passo da história.

Em resumo e com spoilers: a história da personagem principal Asuna se liga a de uma jovem, Yuuki, que precisa fazer algo incrível até a primavera. Nesse caso, elas se conhecem dentro de um jogo de imersão virtual (a pessoa dentro do jogo mesmo de corpo e alma). Então, eles querem fazer algo para serem marcados nesse jogo e a Asuna tem que ajudar a Yuuki e seu grupo (guilda Sleeping Knights) nisso. Após eles conseguirem, Asuna tenta entrar na guilda e todos falam que não seria uma boa e que a guilda logo acabará. Somente depois que ela descobre que esse guilda é formada por pacientes em estágio terminal. Nesse episódio em questão, tem a última cena da Yuuki, uma garota de quinze anos que sobrevive por conta de máquinas e que se vê num estágio final mesmo. Ela morre dentro do jogo, nos braços da Asuna e rodeada por milhares de jogadores.

Moral da história: Não consigo resumir aqui os sentimentos passados nesse anime, mas a Yuuki tem muito a ensinar. Ela sempre se viu rodeada de perguntas como: "Por que eu nasci? Só pra causar prejuízos para a minha família e morrer?" (ela foi diagnosticada quando criança ainda). Ela acha uma resposta nos braços da Asuna e vê que conseguiu fazer a vida valer a pena.

Sabe, é muito interessante o quanto um desenho animado pode me fazer refletir. Ver a Yuuki "morrer" e chamando a Asuna de irmã (mesmo não sendo) me lembrou o meu irmão. Sim, quase toda história de morte que eu leio/vejo me lembra dele. Faltam dois dias para completar 2 anos e 10 meses, quase 3 anos. Assim como a Yuuki ensinou muito para a Asuna, também o meu irmão o fez. Faz tempo que eu não paro para escrever sobre a morte em si, acho que só no outro blog que eu escrevi sobre.

Bom, a diferença do anime para a vida real é que aqui não existe esse de jogo de imersão virtual (uma pena, devo dizer) e que a morte do meu irmão não foi tão premeditada quanto a da Yuuki. Para os que não sabem, meu irmão morreu num acidente de carro nas estradas de Dakota do Norte (EUA). Mais detalhes se fazem desnecessários, ele morreu na hora, nem chegou a ser levado para hospital algum. Foi bem do nada mesmo. Numa noite, estávamos falando no facebook que tatuíra era um bicho incrível e rindo disso; noutra, estava a minha família de Floripa em Porto Alegre, quebrando toda a rixa que existia antes em prol da união familiar num momento difícil.

Esse foi o primeiro ensinamento que ele me deixou: por maior que possa ser o "ódio" dentro da família, eles sempre estarão lá nos momentos mais difíceis. Até hoje me emociona ao lembrar do abraço que meu avô deu no meu pai na madrugada do dia 24 de Fevereiro de 2012, horas após a notícia do acidente. Sim, meu avô e mais vários outros parentes pegaram um avião na hora mais próxima que tinha e vieram a Porto Alegre independente de ser uma quinta-feira.

Depois, ele me deixou ensinamentos que tiveram que ser entendidos no dia a dia. Sempre fui uma pessoa muito fechada e pouco aberta à vida. Mas... ele me mostrou que isso não valia a pena na realidade que eu estava vivendo. Afinal, já vi muitas vezes e em diversas referências diferentes que nunca sabemos quando será o nosso último dia aqui. Ele com certeza não sabia... Então, de que vale passar um dia inteiro de mal humor e sem fazer nada de útil? Todo dia tem que ser vivido em sua plenitude. Sei que não faço isso, sou muito influenciável pelos meus sentimentos e eles podem me detonar, mas eu tento...

Hoje, o que resta? Tristeza? Saudades? Vontade de voltar no tempo? Talvez. Bom, tenho que dizer que pela minha "habilidade" de desapegar relativamente rápido de pessoas e do sentimento de saudades, eu quase não penso no assunto. Afinal, de que valeria eu viver a vida chorando? Não, isso não é vida para mim. Mas enfim, o que me resta hoje é a alegria. É lembrar do sorriso dele, da voz que ele fazia quando chamava a Mel, das imitações que ele fazia do pato Donald, da primeira vez que andei sozinho a cavalo e que ele estava ao meu lado. Muitas boas memórias que eu poderia citar aqui. Muitas boas memorias que eu poderia preferir esquecer e falar: "Não, o que resta é tristeza mesmo". Saudades é um sentimento que existe, sim, mas que não se faz constante. Se fosse constante, eu não faria jus a vida que ele quis ter e que não foi possível. Sim, tenho a lembrança também de eu sentado no chão ao lado da capela chorando pouco antes do corpo dele chegar em Porto Alegre, mas também tenho a lembrança dele me cuidando quando recém chegamos a Porto Alegre.

Bom, se posso escrever algo para terminar isso é: Não deixem para viver amanhã.

Thu, me dói escrever teu apelido aqui, mas não tem outro jeito que valha a pena escrever se não da forma mais carinhosa que eu te chamava. Obrigado por tudo. Obrigado por estar fazendo essas lágrimas de agora existirem, pois mostra o quão marcante tu foi nesses meus 16 anos e 360 dias de vida podendo ter o prazer de te chamar de irmão. Obrigado por ter me ensinado a ser esse guri que sou. Não tive tempo de aprender a ser um homem mesmo ao teu lado, pois estava no Ensino Médio quando tu partiu, mas hoje tenho essa chance de aprender por mim mesmo, de usar todo o exemplo que tu foi para mim e ser independente. A minha caminhada não acabou, mas eu sei que não caminho ela sozinho. Sim, Thu, ainda há um estrada sem fim para redescobrirmos. Sei que não com a tua presença física, mas te levarei sempre comigo nos pensamentos e orações. Sei que eu disse isso pouco, assim como tu também não era de dizer muito: Thu, eu te amo! Levo comigo ainda aquele abraço de quando foste para a tua sonhada viagem. Lembro do quão idiota eu fui de segurar o choro no momento para não te ver triste e, depois de ir pro carro, ficar chorando sozinho enquanto o pai ia no supermercado. Não vale a pena segurar as emoções quando a pessoa realmente vale a pena. Eu podia ter te dito que te amava na hora também, mas o abraço já disse tudo. E não sabes o quanto eu queria ter aquele abraço de novo...

Enfim, desculpa, leitor, se te fiz ler até aqui. Precisava botar para fora um pouco dos meus pensamentos e acabei me prolongando no texto e nas lágrimas. Esse ainda não é meu retorno definitivo aqui, devo postar algo no Natal e depois só em 2015.

Um grande abraço,
Pepê.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Goodbye for now.

Olá!

Então, tentei escrever essa madrugada aqui e agora há pouco de novo. Cheguei a publicar um texto, mas logo o apaguei, assim que me dei conta que o conteúdo nele escrito não deveria existir, deveria ser usado somente num contexto pessoal. Sei lá, ando meio perdido por aqui e não sei se consigo traduzir em palavras tudo isso.

Eu tentei escrever de novo agora e não sei, me parece que não vale a pena escrever sobre isso mesmo. Dessa vez, eu não pude usar o blog para desabafar e deixar meus sentimentos. Talvez eu fique um tempo sem escrever. Às vezes, é bom parar para poder recomeçar. Quando vier a inspiração, eu volto para cá, enquanto isso: fechado para balanço.

Desculpem.
Pedro Meyer.