quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Natal: o dia que o Amor nasceu!

Hoje é o dia de Natal 

e eu queria dizer uma coisa:

Se amem mais!!

Sabem o amor? 

Ele não precisa ser medido

Até porque deveria ser infinito,

que não cabe numa pessoa só,

mas que serviria para todos!

O amor, ele precisa ser cultivado,

mas de uma maneira que as pessoas já não se lembram mais.

Seja como o simples fato de se lembrar de coisas boas,

olhar o outro e entender este como um todo,

ter compaixão,

passear e viajar em pensamentos inimagináveis!

Se deixar conquistar pelo momento 

e apreciar um pedacinho por vez.

Nesta época do ano, é importante lembrar!

Dos esquecidos e do que sempre lembramos também,

é preciso estar presente de corpo e alma.

Se o coração fala mais alto,

deixe-o falar por ti!!

O amor é pra ser vivido, sentido, tocado, transmitido!

O amor é algo tão simples que chega a ser complicado,

onde até mesmo os amantes mais fiéis podem se perder pelo medo.

Mas, se tu tens a coragem de tentar, 

podes despertar o sentimento mais precioso!

O amor pode ser imenso:

arde, é bom, curioso, aperta!

É forte, transborda, é pra ser sentido!

E não importa a tua raça ou tua cor,

se é pobre ou rico,

se é pequeno ou grande, velho ou novo,

o importante é amar!

Amar com o coração,

amar e ser amado!

Seja correspondido ou não,

ame sempre!

Amar não somente a quem acreditas que mereça,

mas a todos!

Pois todos foram criados por Deus e, se assim foram,

é porque nasceram do Amor,

de um amor maior, de um amor verdadeiro!

Amor de Mãe, um amor de entrega, de sacrifício!

Amor que a todo ano temos a oportunidade de presenciar

e sentir sua gratidão, de receber esta benção!

Afinal, o amor é para ser sentido,

seja com ou sem sentido,

ser vivido e transmitido.

E sim, Natal é isso:

Início e nascimento do Amor eterno,

o Amor que dá origem ao despertar do sentimento que é amar.


Texto de autoria de Fernanda Seidel

terça-feira, 17 de novembro de 2015

Uma história, nossa história.

Olá.

Eu me chamo Louis. Nasci em Florianópolis, em Fevereiro de 1982. Meu pai também é manézinho, mas minha mãe é francesa. Eles se conheceram quando meu pai foi fazer uma viagem na Europa e foi tomar café da manhã perto da Torre Eiffel. Meio atrapalhado com a língua, viu uma bela jovem vindo em sua direção para socorrê-lo. Ela ouviu o francês meio aportuguesado e com palavras inglesas no meio e sabia que só podia ser estrangeiro. Foi assim que Lucas conheceu Sophie, uma francesa que tinha ido para Portugal para estudar e tinha aprendido um pouco do português. Lucas ainda tinha um dia em Paris e Sophie foi sua guia. Em tão pouco tempo juntos, criaram uma grande amizade e prometeram mandar cartas um para o outro.

Cerca de dois anos se passaram e não se passava uma semana sem que um escrevesse para o outro. Passaram a se conhecer melhor e ansiar pelo próximo encontro. Por ocasião do destino, Sophie foi morar em Portugal para fazer o seu mestrado justo quando Lucas planejava sua próxima "Euro trip". Fazendo um esforço extra para adicionar uns dias em Portugal, conseguiram se encontrar. Do abraço de oi ao beijo de tchau, o destino foi selado ali. O tempo se passou e o destino atacou mais uma vez: foi oferecido a Sophie um emprego no Brasil, em São Paulo. Ainda uns mil quilômetros de distância, mas melhor do que ter que atravessar um oceano. Sabendo da notícia e confiante em seu coração, Lucas fez de tudo para se mudar para São Paulo também. Assim, assumiram oficialmente o namoro e começaram anos tensos pela frente. Cidade grande, complexa, demoraram a se acostumar, mas conseguiram. Tinham o sonho de voltar para suas cidades natais ainda assim, não conseguiam conceber a ideia de criar um filho naquela cidade. Se casaram e por fim decidiram: vamos morar em Florianópolis! Assim, voltaram para a cidade natal do Lucas, mesmo que contra a vontade de Sophie, que queria ir para a França.

Dois anos depois, a minha mãe ficou grávida e eu vim ao mundo. Para ela, foi uma grande alegria! Para o meu pai, uma preocupação. Houveram complicações na gravidez e minha mãe sofreu bastante, mas no fim, tudo deu certo e eu nasci! Tive uma infância boa, vivia na praia. Criado em Canasvieiras, passava os dias na areia e as noites observando as ondas sob o luar. Desde pequeno minha mãe já me ensinava o francês, falava que não ia admitir que eu fosse para Paris e cometesse o papelão que meu pai cometeu, a menos que fosse para achar uma francesa para mim. Com meus 11 anos de idade, minha mãe resolveu mudar para a França. a situação estava difícil em casa e meus avós convenceram meu pai a aceitar. Era agora que eu ia ver se as aulas da mãe tinham funcionado.

Matriculado na escola, chegou o primeiro dia de aula. Minha mãe me acompanhou, não quis deixar que meu pai fosse (só por precaução). Até que me saí bem, mas todos riam do meu sotaque e das minhas confusões. Afinal, minha mãe era uma boa professora, mas as outras crianças eram fluentes, e eu era um manézinho com pouca prática. Com o tempo, é claro, fui me soltando e ficou mais fácil a convivência. Conheci mais meus colegas e assim fomos crescendo e nos tornando amigos. A cidade me acolheu muito bem e logo já reconhecia Paris como meu segundo lar (minha mãe adorava quando eu falava isso).

Os anos passaram e fui crescendo. Com dezesseis anos, tive minha primeira namorada. Durou pouco mais de seis meses, mas foi muito bom. Em todo caso, ela não seria a mãe dos meus filhos. Essa só surgiria mais tarde na história. Segui minha caminhada no colégio e tive que decidir pelo meu futuro profissional. Fascinado pelos marcos da cidade, pensava que arquitetura poderia ser um bom caminho. Porém, também tinha uma paixão pelas artes e pensava se design não poderia ser uma saída. Acabei optando pela primeira opção e assim comecei os estudos.

Entre aulas e noites viradas, saídas de campo e aulas de urbanismo nas avenidas de Paris, conclui minha graduação. Conheci pessoas incríveis que viriam a ser grandes arquitetos, engenheiros, advogados, administradores (sim, muitos mudaram de curso depois). Muitas amizades que levaria para o meu futuro. Mas o mais importante foi a engenheira que conheci: Claire. Pois é, começou como uma colega da arquitetura, mas depois de dois semestres ela preferiu mudar de curso e seguiu o rumo do coração dela. E eu, segui o rumo do meu coração: me mantive na arquitetura e me mantive próximo dela. Depois de alguns anos de amizade e de relacionamentos desastrosos de ambos, resolvemos nos dar uma chance. A minha melhor amiga se tornou o meu amor. Encontrei a minha francesa.

Assim, começou a nossa história. Passamos do singular para o plural. Começamos a namorar perto do final da minha faculdade. A dela ainda demoraria um pouco mais pela transferência. Aos poucos, fomos nos abrindo cada vez mais e entendendo a nossa vocação. Viajamos juntos, fomos visitar minha família de Florianópolis, apresentei um pouco do Brasil para ela. Claire se apaixonou pelas praias e imaginou toda a história da minha infância. Meio encabulada por não saber muito do português, se enrolava ao conversar com meus avós, mas como eles eram pacientes, tudo deu certo. Ela falava do quanto seria bom pros nossos filhos conhecerem seus bisas e do quanto eles gostariam da praia.

Voltamos para Paris e a história dos dois chegava perto de aumentar. Depois dela se formar, resolvi pedir em casamento. De um jeito simples, mas romântico, pedi a mão dela com a ajuda dos meus sogros. Emocionada, aceitou! Tão rápido noivamos, tão rápido casamos. O sonho de ter nossos filhos aumentou. Após um ano de preparo, tanto financeiro quanto psicológico, começamos a tentar. Depois de ansiosos meses, veio a tão esperada notícia: Claire estava grávida. Repetindo-se a história, também houveram complicações durante a gestação, mas que viriam a se superadas com aquele primeiro choro. Assim, nasceu Pierre. Do nosso amor, surgiu este novo ser. Como era de se esperar, nossos dias passaram a ser de alegrias e tristezas, noites mal dormidas e puro companheirismo. Ele até que era uma criança tranquila, mas não parecia gostar que dormíssemos perto das três horas da madrugada, sempre acordava e chorava. Meus pais ajudaram bastante nessa fase. No início, não queríamos sair do lado do Pierre. Com o passar dos meses que conseguimos deixar ele com os avós sem problemas.

Sendo assim, resolvemos sair para aproveitar como casal depois de um tempo em casa. Deixamos o Pierre com meus pais e, com um outro casal de amigos, fomos ao Le Bataclan. Não sabíamos o que ia rolar lá, mas nossos amigos estavam querendo ir e acompanhamos eles. E assim, nos aproximamos do fim das nossas histórias. No meio do show, ouvimos um estouro. Parecia um efeito da banda, mas quando ouvimos pela segunda vez, vimos três homens com suas metralhadoras e pessoas no chão. O desespero tomou conta de todos que tentavam se salvar. Não foi o que aconteceu comigo e com a minha esposa. Entre correrias e tiros, fomos os escolhidos da vez. Em poucos instantes, tudo se passou por nossos olhos: a infância em Florianópolis, a mudança de cidade, a faculdade, o casamento, o nascimento do Pierre... os sonhos da Claire de levar ele para conhecer os bisas de Floripa, ou de levar ele na praia e ver ele curtindo o mar. Tudo isso se foi num disparar de uma bala. E a minha história que começou em Fevereiro de 1982, terminava ali, em novembro de 2015.

A história de meus pais e do Pierre se encontravam em outro momento. A dele, recém começava ou recomeçava. Tudo que um dia poderia ser já não poderia mais. Teria que ser criado pelos avós ou por quem o recebesse. Quanto aos meus pais, bom, uma parte da vida deles acabara ali. Depois de 33 anos me criando, me acompanhando e me dando as melhores condições possíveis, voltaram a ser um casal sozinho. Tinham o Pierre, mas um vazio ainda os preenchia. A história deles podia terminar ali também, mas com a força de uma criança, superaram a dor e fizeram de tudo para que o neto fosse uma ótima pessoa e, assim, voltariam a ter a alegria na vida.

Pois é, a minha vida acabou ali, sabe-se lá o porquê. 33 anos se esvaindo num segundo. Pode parecer pouco quando tu pensa que existem outras bilhões de vidas, mas não, uma vida nunca é pouco a partir do momento em que passa por tantas outras. Hoje, meus colegas da escola estão de luto, minha família está de luto, meus colegas da faculdade estão de luto, todos aqueles que eu passei pela vida e que me conheceram um pouco que seja, estão de luto. Hoje, meu filho está de luto, sem nem saber o que é. Uma decisão de um segundo é seguida por uma culpa de 33 anos.




Bom, agora quem fala é o Pedro mesmo. Primeiramente, queria deixar claro que essa história toda foi criada, não conheço nenhum Louis, Sophie, Pierre, etc. Sabe, muita gente pode ler isso e já vir criticando perguntando "ahh, e por que tu não escreveu sobre Mariana?" ou sei lá sobre qual outra tragédia. Se alguém vir me perguntar isso, de nada serviu a minha postagem. Não importa se foi em Paris que se passou a história, não importa se foi em Mariana, não importa se foi em Dakota do Norte. O que importa é o valor de uma vida, a singularidade que cada ser carrega em si. Poderia sim escrever uma história em que o Louis saísse de Mariana para seguir seus sonhos e perdesse os pais no dia seguinte ou até, como citei ali em cima, falar de Dakota do Norte, local para onde o meu irmão foi e onde ele sofreu o acidente que o levou a morte. Mas não, a minha intenção não é levar em conta nenhum caso específico, mas falar de um contexto geral mesmo. A pressa de chegar no trabalho acabou com uma história de 21 anos e 11 meses. Um tiro acabou com uma história de 33 anos. Um desastre natural acabou com uma história de 5 anos, uma história de 43 anos, uma história de 87 anos. A reflexão fica na consciência de cada um. Cada um tem sua história. O quanto tu gostarias que a tua fosse jogada no lixo assim? Essa semana, li muitas pessoas falando que o mundo está se acabando, não só Paris ou Mariana. É, concordo com essas pessoas. Mas não quer dizer que eu não ache isso ruim e não possa pensar sobre. Fica aqui a minha reflexão quanto a isso. Nunca se sabe qual vai ser a próxima história. 

Um grande abraço,
Pedro Meyer.

sábado, 24 de outubro de 2015

Ei, pequena,

Vem aqui, me abraça.

Me passa a tua calma como só tu sabes fazer.

Me tira desse mar de pensamentos.

Ei, pequena,

Dá um sorriso, compartilha a tua alegria comigo.

Faz com que tudo mude num segundo

E que eu queira desbravar o mundo ao teu lado.

Ei, pequena,

Não esquece de mim, pois eu não consigo te esquecer.

Teu jeito tão singular,

Teus gostos e interesses não saem do meu sorriso.

Ei, pequena,

Tenho saudades de ti,

De tu me chamando de idiota

E das nossas conversas por áudio e das tuas risadas.

Ei, pequena,

Tua vida é complicada demais,

Mas a minha também é.

Por que não descomplicamos elas junto?

Ei, pequena,

Tu me faz feliz,

De um jeito que eu não sei explicar.

Por que insistes em achar que tu me faz mal?

Ei, pequena,

Sei que teu tamanho não é nada perto dos teus sonhos

E do teu coração fechado.

Por que tu não vês isso e não te abres?

Ei, pequena,

Sei que tenho muitas dúvidas,

Mas de uma coisa eu tenho certeza:

Eu te amo de verdade e tu não sai da minha cabeça.

Mas, pequena,

Te peço um favor:

Abre teu coração.

Pois só assim, tu conseguirás viver teus sonhos

E amar alguém como eu te amo.

Vai, pequena,

Seja feliz e me faça feliz.

Se for para sermos felizes juntos

Deus nos unirá.

Enquanto isso, te deixo viver.

Tchau, pequena,

Eu sei que o mundo nos separou

E que voltar atrás agora já é tarde demais.

Estarei sempre aqui para ti,

Obrigado por me ensinar a amar

E me inspirar a escrever.


quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Uma volta ao passado.

Fala galera!

Duas da manhã e o idiota aqui está escrevendo. Tudo isso porque acabei dando uma viajada e acabei revendo uns posts de um ano atrás. Pois é, o blog já tem um ano, um mês e alguns dias, mas parece que foi ontem que eu estava lá em dúvida sobre o que colocar de nome pro blog. Muita coisa aconteceu nesse meio tempo: tentei escritas novas, tentei botar música junto, passei a escrever em linhas curtas, enfim, tentei me encontrar. Sei que consegui alcançar alguns dos meus objetivos (uhuuul!!) ao escrever textos que foram muito elogiados quando tudo que eu queria era botar pra fora a alegria ou tristeza que sentia. Mas percebi uma coisa e esse "uhuuul!!" faz parte disso: eu mudei muito do que era da primeira postagem. Claro que eu não iria escrever aquele meu texto da JAJ com smiles, gírias e parenteses desse tipo ali, mas eu abandonei mesmo aquele estilo e sei lá porque. Enfim, sei que mudou muita coisa mesmo. Mas o que inunda meu pensamento agora (além da vontade de enfiar a cara no travesseiro e dormir) é o quanto eu não tenho seguido o nome do blog. Quer dizer, tenho seguido no máximo uns 50% (tipo, 33% inteiros do pensar, tenho pensado pra caramba; uns 5% do agir, se é que chega a isso; e metade dos 33% do amor, pq nisso até que eu consegui). Tá, a soma dá mais que 50%, mas vocês entenderam o propósito... e daí, me vem duas opções: 1) mudar o nome do blog; 2) mudar o dono do blog. A primeira, com certeza, é a mais fácil, mas com a preguiça que o vulgo dono do blog tem, é capaz de demorar tanto para acontecer quanto a primeira. Além do mais, os links que já publiquei ficariam inválidos e eu não tô pilhando isso não. :/ Talvez o mais tranquilo seja eu mudar mesmo e tentar agir mais do que escrever, por mais que seja foda.

Enfim, essa noite eu escrevi um outro texto junto a esse. Assim como o do sorriso, esse texto tem uma linguagem metafórica. Não quer dizer que necessariamente seja algo real, são só pensamentos que vem em minha mente sobre coisas do cotidiano e que eu gosto de pôr em palavras. Portanto, ninguém precisa se atirar da ponte ou sair me amando por nada que eu escrever, beleza? Por outro lado, tento manter as minhas escritas com o máximo de veracidade quando o assunto é sentimento. Ou seja, eu consigo sentir aquilo que escrevo e uso muito do sentimento do momento para escrever. Maaaas, isso não quer dizer que eu esteja mandando indireta para as pessoas causadoras de tal sentimento. Por exemplo: o do sorriso realmente aconteceu 1/5 da história. Eu vi um sorriso muito bonito aquele dia que me deixou feliz, mas só isso. Não passei o resto da eternidade pensando naquilo e me imaginando no altar com a pessoa que sorriu. Só gostei de um sorriso e usei a criatividade pro resto.

Bom, that's all, folks! Por hoje, fecho o blog e deixo sem nada mais para falar. Obrigado por lerem e serem companheiros dessa vida estranha que é a minha. Se hoje eu tenho mais de 3000 views em uns 400 dias, é porque algo deve ter agradado. Obrigado, mesmo! Sei que já disse que não escrevo por views, mas por mim mesmo, maaaas não posso deixar de dizer o quanto me alegra ver que pessoas viram (?) as minhas postagens, ainda mais nas postagens que passaram a casa das 100 visualizações (ou 300 que nem a da minha vinda para Floripa que deu quase 400). Enfim, obrigado!

Um bom dia para quem ler isso de manhã e uma boa noite para quem estiver indo dormir agora também!

Beijão!
Pedro Meyer.

Ei, se importas se eu te esquecer?

Ei

Faz tempo que não nos falamos, né?

Tipo, do jeito que a gente falava antes.

Sinto saudades daquele tempo, daquela amizade.

Até tentamos trazer isso um pouco de volta, não?

Fico em dúvida, nunca foi muito claro.

Mas sabe... eu estive pensando em esquecer.

Tentamos, mas não deu certo.

Pra que martirizar uma amizade?

Algo que devia ser tão simples e honesto.

Não quero mais viver assim, cansado de te ver.

Afinal, cada vez que apareces, me lembro do que éramos

e realizo o que nunca iremos ser de novo.

Tu vais fazer falta,

mas pior que isso é lembrar do passado.

Tua amizade me fez tão bem, me foi tão boa.

E espero que tenha sido recíproca em certo ponto.

Sei que risadas e choros compartilhamos,

que fizemos um ao outro um pouco melhor.

Sei que surgiu do nada, mas que cresceu rápido e forte,

mas tão rápido veio, tão rápido se foi.

Sabe, escrevo aqui por saber que nunca lerás,

pois tanto de ti já falei e nunca de ti ouvi.

Amigos, infelizmente, vem e vão,

mas contigo eu queria que fosse diferente,

Que tu viesse e ficasse.

Mas já que não foi, te pergunto do fundo do coração:

te importas se eu te esquecer?

Prometo não esquecer as boas lembranças,

os textos e o blog,

mas esquecer somente aquilo que me faz mal hoje.

Quem sabe, um dia, tu me lembras de ti.

Mas por enquanto, preferia te esquecer.

Pode ser?


segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Quando o coração sorri

Sabe quando tu estás andando bobo pela vida

e no meio do caminho avista algo que te tira a atenção?

Pois é, assim começa uma história.

Perdido em pensamentos,

a pessoa se encontra num sorriso.

De um sorriso, mil sonhos surgem

e a realidade se esvai em poucos segundos.

De repente, tudo ao teu redor some e só consegues ver uma coisa:

aquela pessoa, do outro lado da sala,

esboçando em suas bochechas

o mais lindo dos sorrisos tímidos.

Em frações de segundo,

a paixão bate na porta e acorda aquele velho coração,

como se fosse um raio te trazendo de volta à vida.

Por um momento, aquela manhã cálida e triste se torna agradável

quando o sorriso contagia e atinge a face.

Como num piscar de olhos,

tudo mudou.

Mas tudo que é bom tem o seu fim.

Tão rápido veio, tão rápido se foi.

Aquele lindo sorriso sai da visão

e deixa o gosto de quero mais.

Pelo menos, ela se foi só.

Deixou comigo a alegria e os sonhos.

Quem sabe um dia eu veja de novo esse sorriso

e dessa vez, os sonhos não fiquem comigo

e a alegria seja compartilhada.

Que neste dia, leves contigo meus sonhos

e os torne teus,

desde que me permitas roubar não só teus sonhos para mim,

mas também um outro sorriso.

Mas que esse seja tímido, por favor.

É mais bonito e puro.

Enquanto isso, vivo na saudade

de um olhar que se abriga num sorriso.

E se pudesse dizer algo a ti, menina,

diria Obrigado! por animar o meu dia

e me tornar cúmplice de tua alegria.

É, eu definitivamente tenho que parar de me apaixonar por sorrisos

e começar a me apaixonar por pessoas.

domingo, 23 de agosto de 2015

Continue a nadar.

Ouvindo a música "Você" do Grecco, me vieram diversos pensamentos. (Pra quem não conhece a música, eis a letra http://www.vagalume.com.br/grecco/voce.html).

Então, nessa minha caminhada há diversos momentos de desânimo. Na caminhada da vida de qualquer um há. As escolhas que tem que ser tomadas na vida tem que ser firmes para serem algo concreto. De nada adianta decidir por viajar no final de semana se na hora da partida der um desânimo e parar no meio da estrada para voltar para casa e dormir. Assim é a vida também, bem como a minha avó diz: "É a vida, cheia de altos e baixos". Sabe qual o mais interessante dessa frase que ela diz? A reação após falar. Sempre que ela fala isso ela começa a rir. Sim, simplesmente rir, como quem dissesse: "Por mais que a vida tenha seus altos e baixos, a vida é a vida, vive ela que vai ser divertida".

Mas, sabe qual é a parte que realmente me enche o saco disso tudo? Caminhar. Dar um passo para frente e ter que aguentar a caminhada. Não, não odeio o percurso, bem pelo contrário, mas odeio as barreiras que aparecem. Afinal, a tua caminhada nunca é só tua, por mais que devesse ser. Sempre aparecem caminhos que acabam se unindo ao teu e se não forem agregadores acabam por te enrolar mais.

A questão toda se resumo ao refrão: "Você não saberá se não seguir pra ver o que há no fim da estrada". (In)Felizmente, por mais difícil que seja a caminhada, temos que fazê-la e vivê-la. Na nossa vida, não existe teletransporte para simplesmente nos fazer chegar a algum lugar (por mais que isso fosse ser incrível, principalmente para não me atrasar pra aula), mas enfim, não existe. Só sei que no fim, vai valer a pena. Como um tio me disse: "Melhor viver com uma decisão errada do que com a dúvida de não ter tentando".

Outro tio também me disse, em ocasião da minha mudança: "Faz o que sempre o que o teu coração mandar. Mesmo que doa, mesmo que machuque, mesmo que às vezes pareça um pouco cruel. Vai em frente, meu guri!" E isso é pura verdade. Encontramos espinhos na nossa caminhada, mas talvez pior que isso, encontramos ervas daninhas. Problemas que crescem quase imperceptíveis e quando tu percebes, já dominaram o teu coração. O importante é sempre seguir em frente, seguir o coração. Viver como se houvesse sim o amanhã, mas não esquecendo que tu tens que viver o hoje também.

Enfim, já devo estar me tornando repetitivo, mas precisava escrever para esclarecer um pouco os pensamentos de minha própria mente. Só sei que no fim da minha caminhada espero que eu não tenha evitado chegar ao topo da montanha e que possa ter uma boa vista de toda essa caminhada que passei. O que sei é que Deus preparou algo para mim e agora estou tentando descobrir se estou pronto para isso que Ele preparou.


No mais, sigo minha vida, buscando sempre a felicidade.

Um grande abraço,

Pedro Meyer

terça-feira, 4 de agosto de 2015

A vida é feita de escolhas. Eu escolhi viver.

Vinte dias atrás, comecei a minha mais desafiadora mudança. Vim para Florianópolis sabendo de tudo que deixaria pra trás. Nesse tempo, muita coisa aconteceu: Reencontrei amigos antigos, fizemos uma maratona de Star Wars, vi o sexto filme pela primeira vez (único que faltava); fui no escritório da minha prima, comecei a ter uma rotina de trabalho, vi como as coisas funcionavam; fui na missa do Emaús, fui numa palestra sobre um jovem em processo de beatificação, visitei a paróquia que fiz a minha primeira comunhão; encontrei minha catequista, encontrei com minhas lembranças, fiz amizade com o Frei, me dispus a servir; as aulas começaram, a rotina apertou, os trabalhos começaram; comecei a estudar mais, a viver mais, a ser mais eu.

É, muitas coisas aconteceram nesses vinte dias. Foi um período de início de adaptação: de me encontrar comigo mesmo e de ter uma boa surpresa com o que encontrei. Foi um período de muitas memórias: da praça que andava de bicicleta com meu irmão, do prédio que moramos por um tempo, do quiosque que já alugamos bicicletas, do colégio que estudei e que fiz grandes amigos; enfim, de momentos bons que vivi e que guardo comigo.

Esse momento, porém, não se encerrou ainda.Se fosse para responder, agora, perguntas como: "Tu tá feliz?"  "Tá gostando da faculdade?"  "Tá gostando da cidade?"  Eu não poderia te responder. É cedo ainda. Muita coisa aconteceu, mas isso não é nem 10% do que o ano me reserva. Feliz? Bom, já estava antes. Não me considero uma pessoa triste em geral. Gostando da faculdade? Sei lá, cara! Tu não conheces algo por dois dias e já diz que ama ou não. A ansiedade é grande, porém, ela não pertence a mim. Vivo o meu momento e estou bem assim. Sei que muitas pessoas esperam coisas de mim, mas é o que terão que continuar fazendo: esperando. Sinto muito, mas a vida é feita de decisões. Meu avô decidiu seguir a sua profissão, aceitou a transferência de cidade e encontrou o amor da vida dele. Minha mãe decidiu vir pra Floripa com uma amiga, sair de casa naquele dia e achar meu pai na multidão. Meu irmão decidiu seguir parte de seu sonho, foi feliz com sua decisão e acabou se encontrando mais cedo com o Pai. Todos temos que tomar decisões pelo nosso próprio bem. Posso dar certeza de que nenhum desses se arrependeu de ter dado esse primeiro passo, portanto, tampouco eu me arrependo. Se foi o certo ou o errado? Isso cabe ao futuro. Deus já traçou seu plano para mim. Se eu estiver no caminho errado, uma hora ou outra Ele me mostra o certo. A tristeza fica, mas é superada; a vontade de estar perto também, mas a infelicidade de nunca ter tentado, essa sim nunca sairia da minha mente.

Agradeço, por fim, todos que me acolheram, todas despedidas que tive, todas amizades que se mantém forte, tudo de bom que me desejaram, seja nas postagens, ou nas orações; e tudo que Deus colocou no meu caminho. Estou feliz, sim, por ter tomado uma decisão. Agora se essa é a decisão mais feliz para mim, só Deus sabe. E quer saber de uma coisa? Eu confio nEle e tô bem assim.

Obrigado,
Pedro Meyer.

quarta-feira, 3 de junho de 2015

Adeus? Não, até logo!

Porto Alegre. Cidade grande que há 9 anos me recebeu sem mesmo querer. Entrei no São Pedro na sexta série do fundamental. Sozinho, sem muito o que fazer, ficava na minha e tentava um diálogo ou outro de vez em quando. Aprendi a arte da quietude. Me fechei. Tinha o meu irmão que estudava no terceiro ano, mas não podia deixar que ele ficasse de babá também.

Porto Alegre. Cidade fria que por anos me tornou frio. Enquanto estudante, poucos amigos tinha. Não conseguia confiar em ninguém o suficiente para me dizer amigo. Não curtia o sotaque, tampouco as gírias. Riam de mim por não entender o que eram Guampas (tão difícil explicar que eram chifres?).

Porto Alegre. Cidade densa que me ensinou que a vida não funciona só na rua de casa. Depois de anos vivendo somente na rua Santa Rita e na Álvaro Chaves, caminhando as três quadras para ir de casa pro colégio e do colégio para casa, descobri que existiam outros atrativos à mesma distância, bastando eu cruzar ruas diferentes.

Porto Alegre. Cidade brasileira e laica pelo seu Estado que me ensinou que eu não preciso ser ateu só porque meus colegas se dizem ser. Atravessando a avenida, pude perceber que havia muito mais na Paróquia São Pedro do que somente idosos.

Porto Alegre. Cidade marco do bairrismo gaúcho que nunca fui com a cara. Aprendi o valor do respeito perante as culturas e a sobreviver como estrangeiro. Como disse, não fui tão bem recebido quanto poderia ser no colégio. Vi de perto o que é uma disputa de um GreNal, ou de como pode começar uma guerra civil por conta de gostos diferentes: Azul ou vermelho, isso define vida ou morte.

Porto Alegre. Cidade de amores. Amor tão intenso a ponto de quererem se separar do resto do Brasil para ter-se somente a si mesmo. Ensinou-me diversos valores de cunho românticos, desde o valor de um beijo roubado, até o que não se deve fazer e botar a culpa no pobre do amor.

Porto Alegre. Cidade dos parques e da família. Onde o domingo à tarde, se não for no Beira-rio, é na Redenção, no Parcão, no Germânia ou sei lá quantos parques que se fazem presentes. Mas claro, nada disso sem a presença da família ou dos amigos. Ir sozinho pra Redenção só se for para caminhar ou para ser assaltado.

Porto Alegre. Cidade da insegurança e da ingenuidade. Era uma vez, um jovem estúpido que descia uma rua perto da meia noite e que carregava seu celular novo no bolso. Três rapazes vieram e um deles tinha uma arma e levou o celular do jovem estúpido. É, Porto Alegre me mostrou o gostinho amargo de ser assaltado e ficar esperando 6 meses até pegar o celular de volta.

Porto Alegre. Simplesmente, Porto Alegre. Aprendi muito nessa metade de vida que passei aqui. Muitas vidas passaram pela minha. Muitas alegrias e tristezas pude compartilhar aqui. Na perda do meu irmão, esta cidade me foi amparo. Através de seus moradores, meus amigos, pude ter um grande apoio. Criei grandes amizades, sim, amizades que perdurarão por longos meses, anos quem sabe.

Dói-me dizer este "até logo", mas é preciso. Enquanto Porto Alegre me acolhia desta maneira já retratada, uma outra grande amiga me esperava.

Florianópolis. Cidade de vários encantos. Ponto turístico e onde muitos destes amigos gaúchos escolhem passar suas férias.

Florianópolis. Cidade das praias, das árvores, das montanhas. Lugar onde as matas superam as massas edificadas, onde o mar se faz visível de ponta a ponta.

Florianópolis. Ilha da velha figueira, que já serviu de inspiração para tantos poetas e tantas histórias. Terra dos manézinhos, dos R's puxados, do sotaque corrido, do Istepô. Este pedacinho de terra que contém belezas sem par.

Florianópolis. Minha querida Terra Natal. De onde vim, nasci e cresci. De onde deixei amizades que hoje hão de me receber de braços abertos, pois se mantiveram firmes e verdadeiras no passar dos anos. De onde parte de minha família veio e para onde volto.

Agradeço por tudo que Porto Alegre me proporcionou, desde no meu crescimento pessoal, até meu crescimento espiritual. Agradeço ao Colégio Marista São Pedro por ter me proporcionado conhecer professores que marcaram muito a minha vida e que levarei com um carinho fraternal por toda minha caminhada. Agradeço também pelos colegas que se mostraram amigos após o fim da caminhada escolar. Agradeço imensuravelmente à Paróquia São Pedro, lugar em que passei maioria dos meus sábados nos últimos cinco anos, onde aprendi que ser paróquia é ser muito mais do que um simples jovem do CLJ, mas ser alguém que está sempre disposto a ajudar no que for preciso. Mais que isso, ser paroquiano é se fazer presente e se alegrar ao ver pessoas que tu nem precisa saber o nome, mas que te tratam tão bem e dão um grande sorriso ao te ver. Agradeço aos párocos, Pe. Hugo e Pe. Luciano, por me mostrarem de jeitos diferentes o que é o serviço sacerdotal e o quão linda é a liturgia. Claro que eu agradeço também ao Monsenhor Tarcísio, um senhor que pôde me mostrar que a idade não é empecilho para sempre se estar com um sorriso no rosto e amar a Cristo. Além dos já padres, agradeço aos seminaristas que passaram pelo meu caminho e que se mantiveram junto a mim em diversos momentos, que viraram grande amigos com quem sempre poderei contar! (vocês sabem quem são!) Agradeço ao CLJ, onde aprendi que a liderança está muito acima de qualquer conhecimento, está no exemplo, na vivência e em como se trata seus iguais. Posso não ter sido o melhor líder, mas saio feliz sabendo que deixei algo de útil para o movimento e que cumpri a minha missão lá dentro. Agradeço ao MCJ, ONDA e Emaús, movimentos em que não participei, mas que seus membros se mostraram fortes e respeitosos, queridos e carinhosos, determinados e homens de fé. Agradeço à PUCRS por ter me mostrado muito mais do que eu esperava: amizades acima de um D. Pude ver nesse meu último semestre que eu realmente formei amizades lá. Achava que eram somente colegas, mas não. Pude ver o quão incríveis eles são e só posso dizer que eu realmente espero que eles tenham um incrível futuro profissional e que possamos, no futuro, trabalhar juntos em algum projeto, se os sonhos nos permitirem! Por último e com certeza não menos importantes, agradeço aos meus pais e minha família: se hoje posso ter forças para seguir o meu caminho, é pela educação e amor que vocês me deram! Não os deixo de amar por estar me separando de vocês, muito pelo contrário! Sei que esse amor só irá crescer e sei que os momentos que iremos ter juntos no futuro serão muito mais proveitosos. Torço muito pela felicidade de vocês e espero que possam cada vez mais estar unidos e felizes, que nas quedas possam ser fortes e que possam sempre contar comigo apesar da distância!

Enfim, se não ficou clara a postagem, digo agora: Floripa, me aguarde! No segundo semestre, I'm back! :)

terça-feira, 28 de abril de 2015

Tempos difíceis.

Mais uma vez, me frustro comigo mesmo. Tentei vir escrever algo, finalmente deu uma vontade, e no fim, não saiu nada que eu gostasse. Desculpem, galera, mas tá foda! Não sei o quanto eu consigo manter o blog aqui, o quanto eu consigo postar mais. A inspiração não chega. Sei que em algum momento a inspiração vai voltar, mas tá demorando e já tá me agoniando isso. Por pior que seja, as minhas inspirações vem de tristezas específicas que parecem não estar mais presentes e que, talvez, eu quisesse que estivessem aqui ainda. Alegrias também me inspiram, mas já são mais utópicas.

Bom, se posso falar algo nessa postagem para não ficar tão chata e sem sentido é que enquanto eu tentava escrever eu ouvia a música "Se for pra tudo dar errado" da banda Tópaz e reparei o quanto eu me encaixo com a primeira parte da música. Para quem não conhece, deixo aqui o link e o trecho que cito:

http://letras.mus.br/topaz/se-for-pra-tudo-dar-errado/

Eu nunca fui bom nisso
Não levo jeito pra dizer
Que vai dar tudo certo
E nenhum desastre vai acontecer


Pois é, eu tento ser o mais positivo que posso, mas muitas das vezes eu não consigo pensar assim. Eu realmente não consigo mentir para alguém quando eu sei que as chances de dar algo errado são maiores. Nesse quesito eu sou péssimo. A música continua e eu acho muito bonita a letra e, principalmente, o clipe dela. Tem um sentido enorme e é muito bonito. Posso não estar bem nas minhas ideias para falar algo decente nas minhas postagens, mas deixo essa música ali para que pelo menos algo de bom vocês possam tirar daqui.

Hasta,
Pedro.

domingo, 29 de março de 2015

A Igreja é velha, retrógrada. Só minha vó vai na missa. Será?

Se tu és jovem, já deves ter ouvido muito isso. Seja dos teus colegas pseudo-ateus, seja dos teus pais, seja do dizer do povo. Ontem, eu não vi isso não... Depois de ter tido uma reunião com os guris do CLJ na sexta de noite, se estendendo até a madrugada, acordamos todos às 7h para nos arrumarmos para ir aprender e ser testemunho de fé. Para quem não sabe, nesse sábado, dia 28/03, ocorreu a Jornada Arquidiocesana da Juventude (mais conhecida como JAJ). Não sei como explicar sucintamente o que é, mas vou tentar através desse texto.

Como ia dizendo, estávamos em 6 nessa reunião e acordamos cedo após termos ido dormir tarde (dormi às 5h...). A minha Jornada começou ali, em reunião com pessoas importantes na minha vida, cada um com uma vivência de fé diferente da minha. Escolhemos a catequese Afetividade e Sexualidade dentre as 5 catequeses possíveis. 8:20 e já estávamos na paróquia para a catequese que começava às 9h. Aos poucos, foram chegando mais pessoas e se juntando a nós. Muita gente desconhecida, mas todos devidamente vestidos com camisetas das suas paróquias. Grande parte era de CLJ, mas ontem pude ver que a juventude de Porto Alegre não se resume à CLJ. Grupos como MEJ, Canaã, jovens vocacionados, entre outros, se fizeram presentes e mostraram que são tão fortes quanto.

Enfim, 9h estava previsto para começar a acolhida dos jovens. Deu a hora e olhei para trás e vi o nosso querido arcebispo Dom Jaime entrando na sala. Então, uma cena muito engraçada aconteceu: Dom Jaime tirou o solidéu de sua cabeça e colocou na cabeça de dois jovens que não tinham visto ele entrar ainda. A cara que os jovens faziam ao se virar e ver que era o nosso arcebispo fazendo isso foi algo incrível! E, claro, Dom Jaime esperava o jovem virar com um grande sorriso no rosto antes de cumprimentá-lo. Posso dizer que vi ele poucas vezes desde que assumiu o cargo, mas nesse dia cresceu mais o meu respeito e carinho por ele! Não pude evitar de imaginar: "Dom Jaime deve estar pensando: 'Viu, tu podes ser o próximo!' para cada jovem que colocava o solidéu".

Bom, a catequese ocorreu com diversos momentos de perguntas, música e tom de debate. Ouvir os padres Lucas Mendes e Ignácio (espero estar escrevendo certo) nos enaltecendo com suas palavras tanto em relação a posição da Igreja, quanto em relação aos seus depoimentos pessoais foi muito bom! Claro que as outras participantes também tiveram grande importância, mas fiquei fascinado ao ouvir um padre de 29 anos e um pouco mais de um ano de sacerdócio falar sobre o assunto. A juventude também está presente no clero!

Depois disso, mais de 200 jovens comeram no mesmo salão que ocorreu a catequese. Sem problemas, sem caras feias, sem empurra-empurra. Todos com muito respeito, se ajeitando em cadeiras e com os pratos no colo, comeram muito bem e se respeitaram. Ninguém precisou coordenar e chamar eles para que tudo desse certo. Simplesmente deu certo por todos estarem ali por um mesmo objetivo e por ter esse ideal maior que os une.

Até então, eu que não curto muito multidões, já estava me sentindo um pouco sufocado com tanta gente ali. Tirei uns minutos para ficar sozinho e descansar e depois fomos para o centro, onde 200 jovens não seriam nada mais nada menos que uma pequena parcela do que vinha pela frente. Chegamos na prefeitura e pudemos ver diversas faces conhecidas. Faltava uma hora, quase, para o início das atividades e, ainda assim, já tinha bastante gente ali. Entre cumprimentos e apresentações, os jovens começaram a cantar as músicas que já estão acostumados a cantar nos seus grupos. Um grande folclore se mostrou e todos se empolgaram. A multidão não me foi problema nessa tarde.

Às 15h, os organizadores foram para cima do caminhão de som e começaram as propostas. Tenho que dizer que eu sou uma pessoa muito tímida e não gosto de me mostrar muito em público, mas quando o Matheus Ayres começou a puxar as músicas, pedir que o pessoal levantasse os braços, puxar as dezenas, eu não tive a menor vontade de manter a timidez. Fiz tudo com o maior sorriso no rosto só pensando: "Cara, Cristo é demais!". Teve momentos, sim, que eu acabei ficando um pouco pra baixo com alguns pensamentos, mas que logo sumiam ao me perguntar: "Por que eu estou aqui mesmo?" e logo vir a resposta: "Ah, sim, é por Cristo! Não quero pensar no que me faz mal!".

Durante esse tempo entre a procissão e a missa, pudemos rezar algumas dezenas do terço, cantar músicas que inspiram o coração e, ainda, fazer um "Vem! Vem! Vem!" para as pessoas nos prédios e na rua. Ver tantos jovens em harmonia, tantos abraços puros, tanta manifestação de Deus nos jovens foi algo incrível, indescritível! Mais de mil jovens gritando a todos pulmões que aquela é a juventude do Papa, a juventude do Arcebispo, a juventude de Cristo! E não eram só jovens nesse meio, tinham padres, de cabelo branco até! gritando com toda a sua força de vontade que aquela era a juventude do Papa e NÃO se excluindo disso! Porque sim, os nossos padres, independente de idade, também são responsáveis por essa juventude linda que não tem medo de caminhar nas ruas do centro rezando e professando a sua fé!

Bom, entre uma dezena e outra, o que mais me chamou a atenção foi um fato que aconteceu: surgiu a proposta que se abraçasse os irmãos e se desejasse a paz de Cristo (falasse Shalom). Enquanto desejava pro pessoal da minha paróquia, vi um padre conhecido e após desejar para eles, fui falar com ele, dar um abraço e desejar a paz. Conversei um pouco com ele e apareceu um morador de rua para falar conosco. Sem preconceitos, ocorreu o seguinte diálogo:

"A paz de Cristo!" (começou ele)
"A paz de Cristo, meu amigo!" (apertando as mãos)
"Qual é teu nome?"
"Pedro, e o do senhor?"
"Antônio. Reza por mim, tá?"

Não lembro a minha resposta, mas disse que sim de algum jeito e depois ele seguiu o caminho dele. Ele estava mastigando enquanto falava comigo, com roupas bem degradadas e com uma sacola com as coisas que tinha. Mediante tanta juventude, ele poderia ter pedido tanta coisa. Podia ter pedido dinheiro, comida, bebida. Não, o que ele queria era que eu orasse por ele. Isso já bastava. Diante de tantos jovens, a pessoa que mais me deu o seu testemunho foi esse morador de rua e a sua humildade. O Antônio viu em mim e em outros jovens que abordou algo que o fez ter certa esperança e, mais que isso, nos passou esperança. Acredito que com a vida que ele possa ter tido, a vida que tem e entre tantas outras coisas, o que ele mais quis cuidar foi do espírito dele. A fome pode ser saciada por um tempo, assim como a sede. Mas a preocupação dele foi em alimentar o espírito. Com certeza ele alimentou o meu espírito.

A procissão terminou na praça da matriz e ficamos aguardando até o horário da missa. O entorno do monumento ficou pequeno para tantos jovens. Acabamos invadindo o espaço de pessoas que estavam por ali, mas não foi para jogar eles para fora de lá, mas, talvez, para chamar eles também para participarem disso. Começaram a testar o som enquanto o Dom Jaime falava no início da missa, mas tudo bem, estávamos em espaço público e houve conflite de horários. No resto da procissão, vi gente falando mal das Ave-Marias que rezávamos, jogando bafo de cigarro na cara de quem passava, enfim, desrespeitando o nosso momento. Mas, em nenhum momento, vi os jovens retrucando. Seguiram firme em seu ideal. Deram o seu testemunho! "Felizes vocês, se forem insultados e perseguidos, e se disserem todo tipo de calúnia contra vocês, por causa de mim" (Mt 5, 11).

Então, teve a missa. A Catedral nunca ficou tão pequena para tanta gente. Consegui sentar só porque o pessoal da minha paróquia guardou um lugar para mim, mas logo após a benção inicial, Dom Jaime convidou os jovens a se sentarem nas escadas do altar e junto aos padres caso faltasse lugar para todos. Ali se configurou a juventude! Sem desrespeito algum, sentaram-se nas escadas e se fizeram parte importante desse povo de Deus que celebrava em comunhão! A missa em si foi ótima! Tenho que ser honesto e dizer que dei umas piscadas devido ao cansaço que estava, afinal, depois de 10 horas em atividades, sentar e ficar calmo por um período de tempo já era o suficiente para cair. Mesmo assim, consegui prestar atenção na homília de outro querido servo de Deus que eu não conhecia, mas que nutri um carinho especial nesse dia: Dom Leomar, nosso arcebispo auxiliar recém nomeado! Como sempre, foi incrível ver tantos padres em comunhão com o arcebispo e rezando ao mesmo tempo durante a consagração. Pra terminar, Dom Jaime ainda fez uma piada com a altura do pároco da Catedral e ouvimos tanto dele, quanto do padre Eduardo umas palavras de agradecimento à juventude, ao arcebispo, à arquidiocese.

Não satisfeitos, alguns jovens do CLJ SP ainda quiseram confraternizar mais e vir aqui em casa para uma janta rápida. Pudemos agradecer perante o alimento e pelo ótimo dia que todos tivemos, pela juventude ter se mostrado forte! Foi um dia cheio, mas não somente de compromissos, nem de falação, mas cheio de Deus e do Espírito Santo, cheio de Cristo em cada face que eu via, cheio de amor, harmonia e união! Então, se me perguntarem o que é a JAJ, só posso responder com uma coisa: é Deus mostrando o seu amor através da juventude!

Shalom!

quarta-feira, 18 de março de 2015

Now you're just somebody that I used to know.

Andei pensando nesses dias sobre o que escrever e, hoje, me surgiu um comentário que me fez pensar bastante nesse tema: amizades esquecidas. Estava vendo (pela primeira vez - e adorei) "A culpa é das estrelas" e o personagem masculino principal lembra muito um amigo meu de infância de Florianópolis que não falo mais e que acabou seguindo outro rumo de vida. Estava falando com uma amiga sobre isso e falando que por mais que o personagem me lembrasse do cara eu não conseguia odiar ele (o Gus). Sim, eu tenho essa tendência a descontar em personagens de filmes e afins se eles me lembram pessoas reais.

Enfim, com tudo isso, comecei a pensar mais e relembrar do passado. Começando por Floripa, tenho poucas memórias. Lembro, em especial, de quatro amigos. Um deles é o que lembra do Gus. Os outros foram amizades de diferentes contextos. Um foi aquele amigo que tu vive na casa dele e ele na tua. Lembro de quando fomos numa praça perto da casa dele depois de ter chovido e eu tive a brilhante ideia de descer do escorregador de cabeça para baixo e caí com tudo na poça de lama. Tive que pegar uma roupa emprestada dele até para poder voltar para casa. Há um tempo atrás, vi uma foto dele com o avô dele e até deixei uma mensagem dizendo que lembrava dos tempos de infância (que eu ia para a casa dele que por acaso era do avô dele). As outras duas amizades se configuraram em pouco tempo, começaram e terminaram no último ano que fiquei em Floripa. Um deles acabou indo para o lado das drogas e nunca mais falei com ele. O outro, sei que seguiu um bom rumo, mas ainda não mantive o contato pelo afastamento (8 anos, afinal). Ainda tenho minhas amizades de Floripa, mas esses eu mantenho contato mesmo e sempre nos vemos (por mais que sejam muito enrolados).

Em Porto Alegre, formei algumas amizades no colégio também, por mais que tenha demorado um bom tempo para isso acontecer. Mais rápido do que no colégio, fiz amizades no CLJ (e mais fortes). A questão disso tudo é as pessoas que foram se perdendo no meio do caminho. Pessoas que eu via todo dia na sala de aula e que hoje passam reto por mim na PUC, enquanto isso, encontro um cara que eu nem conversava direito na série que estudamos juntos e nos cumprimentamos de boa depois de nos encararmos e chegarmos a conclusão: "eu te conheço de algum lugar". A mudança de ambiente e convivência realmente muda as amizades. Posso dizer que sinto falta dos últimos meses de Terceirão quando eu estudava tipo 9 horas por dia com um grande amigo (mesmo cursinho e colégio) e que, sim, a nossa relação não continuou diária, mas cara, a amizade continua ótima como sempre. Mesma coisa do CLJ, pessoas que tu participa de retiros, fica uma amizade e não se leva adiante em muitos casos.

Além disso, tenho minhas amizades virtuais. Com o tempo de jogos online eu lembro de algumas figuras que passaram e ficaram por um tempo. Amigos do Lunia e do GC principalmente. Pessoas que tenho no meu facebook e volta e meia temos algum tipo de contato. Claro que não posso deixar de citar o Hec nessa, a melhor amizade que pude querer vinda de um jogo. Posso dizer que ele é o único amigo virtual que eu tenho esse contato quase diário.

Mas enfim, apesar de todas as idas e vindas, dos caminhos que cada um resolveu seguir, tenho que dizer que por mais que hoje em dia eu nem fale mais com muitos deles, eles foram importantes na minha vida. Cada um teve o seu papel na minha caminhada no momento certo. Não me arrependo de nenhuma das amizades, por mais que eu possa não falar mais com a pessoa há 8~9 anos. Não me arrependo do fim que elas tomaram também. Não mudaria nada no meu passado. Hoje, eu sei quem são as pessoas que eu tenho contato diário e quem eu me sinto mal se não conversar, porém, sei que em dois meses isso pode mudar. Podem surgir novas pessoas que vão se tornar tão importantes quanto, ou até pessoas que eu não falava mais e que o contato voltou. Sei que amizades se formam de inconstâncias que passamos na vida. O contato passa por mudanças, assim como a amizade. De qualquer jeito, o que importa são as pessoas que ficam, mesmo se falando uma vez por mês. Agradeço a todos aqueles que me deram e me dão o privilégio de ser chamado de amigo! :)

Um grande abraço para as novas amizades, para as antigas e para as esquecidas que se valeram de seu tempo!
Pedro Meyer. :)

segunda-feira, 16 de março de 2015

Descargo de consciência.

Então, galerinha, tudo na paz?

Eu sei que faz um tempo, quase um mês, que não posto aqui. Tenho motivos para isso: falta de inspiração. Tenho pensado muito nesse meio tempo e muita coisa tem acontecido. O que me falta é, por mais estranho que pareça, dor para escrever. Minha maior inspiração sai disso. Parece que alegria nem sempre é o melhor para sair um texto. É algo que eu tenho que aprender ainda, o foco da minha inspiração. Prometo tentar mais focar nas coisas boas, mas né... nunca se sabe.

Enfim, eu passei aqui mais para deixar esse recado e esse descargo de consciência. Eu sei que não tenho compromisso com ninguém nem nada, mas odeio deixar o blog sem movimentação. Assim que eu terminar essa postagem eu vou tentar escrever algo novamente (tentei antes dessa e não rolou). Se der certo, publico amanhã.

Enquanto isso, deixo o meu abraço aqui e o meu obrigado pela resposta positiva que a postagem do meu irmão teve!

Grande abraço,
Pedro Meyer.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Amor de irmão - uma vida como exemplo de cuidado e carinho.

Há 3 anos atrás, perto dessa hora, parentes e amigos da família se encontravam na sala do apartamento, chocados com a notícia e com uma ponta de fria esperança de que fosse outra pessoa e tivessem confundido o corpo. Sim, dia 23 de Fevereiro de 2012 foi o dia em que recebemos a notícia do acidente.

Demorou cerca de uma semana, dez dias, até que pudéssemos dar um fim digno à notícia. Com amigos de Porto Alegre, de tempos antigos e atuais; e com familiares de Florianópolis (a qual incluo as "tias emprestadas", amigas de anos da mãe) fizemos o enterro. Numa vigília que demorou a começar, vimos a prova de amizade quando os amigos do meu irmão, mesmo tendo que trabalhar no outro dia, só saíram do cemitério depois de verem ele. O corpo chegou pelas 5h da madrugada.

Se me pedirem para falar quem esteve ou quem deixou de estar lá, eu não vou conseguir citar um nome que seja. Primeiro, porque eu sei que foi quem pôde e quem não podia, mas deu um jeito. Segundo, porque isso não é algo que se deva ser cobrado. Terceiro, porque não vem ao caso. O que eu posso dizer, sim, é que vi muitas pessoas por lá e que pude ver a grande importância dos 21 anos de vida dele (completaria 22 um mês depois).

Voltei para o colégio uma semana depois. O primeiro dia de aula, por acaso, foi o último dia de vida dele. Muito atenciosos, diversos professores e colegas vieram me dar apoio. A vida seguiu. CLJ voltou, continuei como monitor de pré.

Três anos se passaram, muita coisa aconteceu.

Os amigos dele se formaram na faculdade. Nos convidaram e nos emocionaram. Homenagearam ele e não deu para conter as lágrimas. Fomos prestigiar um futuro que não foi proporcionado a ele.

Meses depois, outra formatura chegou: a minha do terceiro ano do Ensino Médio. Não tão grande quanto de uma formatura de faculdade, mas serviu para se concretizar um dos sonhos do meu irmão: ver a família junto prestigiando um neto/sobrinho/filho/primo.

Vestibulares passaram e a decisão que tomamos juntos quanto ao meu futuro permaneceu. Comecei na arquitetura, mas não na mesma universidade que ele cursava Ciências atuariais. Entrei na universidade que talvez ele entrasse após a formatura, afinal, queria cursar engenharia civil, seguir seu verdadeiro sonho. Ele me ensinou, mesmo sem concretizar, o valor de um sonho.

Comecei a faculdade, comecei as mudanças na minha vida. Fui em festas e cheguei a beber um pouco do que ele tanto aproveitava. Não tive a presença dele para me "ensinar" a beber, mas nunca fiz questão de aprender. Talvez eu tenha sido meio infantil ao pedir para certas pessoas me explicarem sobre bebidas, mas eu era ingênuo ainda. Não adquiri o gosto dele para festejar e beber.

Em paralelo, ia ganhando mais atribuições no CLJ. Participei da coordenação por dois anos e aprendi muita coisa, tive que superar muita coisa e tive que aguentar muita coisa. Mas, acredito, ele não entenderia disso. Sua fé sempre foi muito misteriosa.

A faculdade seguiu seu rumo e chegou o fim do terceiro semestre. Rodei numa cadeira e não me senti nada mais nada menos do que um lixo. Tive vergonha de olhar para as pessoas até, por mais que me dissessem que era algo normal. Sabia do afinco dele pelo estudo, mesmo que tivesse sofrido o mesmo perto do final.

Atualmente, estou em busca de um estágio. Quinto semestre da faculdade. A experiência que ele tinha e a dedicação pelo trabalho que gerou tantos frutos bons poderiam, com certeza, me ser úteis hoje em dia.

Mas, afinal, por que conto um pouco da minha história junto com a dele nessas linhas? Bom, a resposta é bem simples: a história minha e dele sempre esteve muito ligada. Desde pequenos fomos muito ligados e o amor que sentíamos e sentimos um pelo outro não é algo que se pode medir e, principalmente, que pode ser apagado pela morte. No momento, eu sei que não posso amá-lo e demonstrar o amor pessoalmente, porém, a minha fé me diz que num futuro iremos celebrar juntos em plenitude. Ele me ensinou muito em vida e olha, podem ter se passado três anos, mas ele continua a me ensinar. A vida dele foi o maior testemunho que eu poderia querer para a minha vida. Ele não era perfeito, mas isso que fazia dele humano. Tampouco era santo, saberia citar diversas histórias de coisas ruins que eu sei, seja por ter ouvido, ou por ter presenciado. Mas o necessário ele me ensinou.

Hoje, não vivo em memória dele. Tampouco vivo querendo ser ele. Nem ele iria querer isso. Ele sempre me encorajou a ser autêntico e seguir os meus passos, a fazer o que fosse me fazer feliz e não o que os outros quisessem de mim. Hoje, eu vivo pra mim. Para crescer como pessoa, para ser um bom profissional, para ser eu mesmo. Sempre olhando para trás e lembrando do bom exemplo dele e dos bons 16 anos e 360 dias de vida ao lado dele, mas com um olho no futuro, pensando, sim, que a vida segue e o amor permanece. Se hoje tenho uma foto de nós dois quando crianças tanto na carteira quando na cômoda, é para nunca me esquecer que eu tenho alguém que me protegeu, que me protege e que sempre me protegerá. Esse mês, sonhei muito com ele e sabe o que foi mais divertido? Muitos dos sonhos não tinham sentido algum e nem passavam alguma mensagem, mas era só eu e ele brincando, jogando, ou fazendo algo que gostávamos.

Thu, eu te amo e isso nunca vai mudar! Enquanto eu não posso te ver descendo do beliche para me expulsar do computador, te vejo nos meus sonhos com uma grande alegria! Sei que já disse isso várias vezes nesses três anos, mas tenho que dizer de novo: Obrigado pela tua existência, meu querido irmão!

Um grande abraço do teu querido irmão caçula,
Pepê.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Defina o amor.

Hoje eu li um texto ótimo

que falava do quanto o ser humano tem se perdido,

do quanto nos esquecemos que temos um coração

e do quanto devemos viver mais e complicar menos.

Então, desafiei uma amiga a escrever.

Escrever sobre o amor,

definir ele na visão dela.

Achei justo o tema,

amor não é algo tão complicado de se escrever, é?

Certo dia, acordei amando.

Tinha certeza disso.

Sorria que nem um idiota só de pensar nela.

Na verdade, eu estava sendo idiota mesmo.

Não sabia o que era o amor naquela época.

Meu "amor" era egoísta.

Caiu em ruínas na primeira dificuldade.

Se tornou ódio.

O amor não é nada simples. 

Naquele dia, aprendi uma lição,

mas só me dei conta dela meses depois.

Nunca se deve falar de amor,

se não houver a certeza no coração. 

Amei erroneamente.

Despertei um sentimento apagado

somente para sentir a dor que ele podia trazer.

O amor é tentativa e erro.

Já amei muitos amigos e amigas.

Não se ama somente família e namorada(o).

Amigos que hoje eu nem falo mais.

Não era amor, 

era uma ilusão.

Se sentir importante para alguém

e gostar disso.

Amar alguém enquanto ela é útil para ti

é brincar com o mais nobre dos sentimentos.

Ou se ama de verdade e se quer para a vida toda,

ou fica quieto e não diz que ama.

O amor não é passageiro.

O nome disso é paixão.

Hoje, ainda não domino esse sentimento,

mas sei distinguir ele

de ilusões, paixões e interesses.

O amor também é acerto. 

Encontrar uma pessoa

que vai se tornar única na tua vida

não é uma tarefa lá muito fácil,

mas é possível e necessário.

Decidir por amar alguém pro resto da vida

é a mais nobre decisão que um homem pode tomar

e que, hoje em dia, é tão banalizado.

É fácil se casar

e dois meses depois se separar.

É normal, dizem.

Não acho normal se entregar à alguém

e prometer amar acima de tudo

pra depois inventar uma desculpa

e acabar com esse amor inacabável.

Se eu amo, amo mesmo!

Sem confusões,

sem querer magoar ninguém mais. 

Vivo o sentimento e busco a reciprocidade.

O amor não é brincadeira.

Ou é, mas brincadeiras saudáveis.

É ver a tua afilhada de 6 meses

e ela começar a puxar o teu cabelo.

É fazer barulho de bolha estourando

e ela ficar parada te olhando e começar a sorrir.

São as pequenas coisas

que se tornam grandes lembranças.

É uma mensagem tua perdida na madrugada

dizendo que me ama.

É um abraço apertado 

mesmo a gente tendo se visto ontem.

É tu me dando um tapa na cara

seguido de uma risada de ambos.

O amor é alegria.

E se ainda assim,

eu não tiver sido claro

e explicado o que eu entendo do amor,

eu te resumo numa frase:

O amor é tudo que faz bem.



quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Ah, sei lá, vou falar de mim.

E ai, galera!

Então, pensei em escrever um pouquinho aqui sobre mim. Li um texto incrível ontem que acho que me inspirou um pouco e me deixou com vontade.

Eu nunca fui uma pessoa de falar muito. Adoro conversar, mas sou meio tímido demais para puxar assunto, às vezes. Sou muito mais de "falar" pela internet, parece que o tempo extra da digitação me ajuda a pensar no assunto. Adoro escrever, mas não em papel, minha letra é muito feia e tem pessoas que gostam de ressaltar isso vez ou outra. Digito mil vezes mais rápido que escrevo, parece que meus dedos no teclado acompanham muito mais a minha mente. Mesmo curtindo escrever e publicar e ter um blog, não curto muito que as pessoas leiam as minhas coisas. Sou contraditório e inseguro (em alguns aspectos, não em geral). Tipo, não é nada anormal eu pedir para amigos lerem meus textos antes de publicar. Sou muito crítico comigo mesmo e já deletei vários textos, assim como escrevi vários como rascunho que eu nunca irei postar. Voltando às contradições, sou uma pessoa agitada e calma. Gosto de fazer coisas, de reunir meus amigos para ir na piscina, ou para "jogar" futebol americano (só passes, ninguém é de tomar muita porrada); mas também curto ter o meu tempo na minha. Por isso tenho tanta afinidade com a madrugada. Maioria das pessoas dormem e eu posso ter o meu espaço. Sou uma pessoa meio distrativa também, é bem normal eu estar lendo um texto e me lembrar de algo e começar a pensar nesse algo e quando vejo, cheguei no final do texto com os olhos, mas não li nada.

Em certos pontos eu sou certinho demais. Não consigo admitir a tentativa de erro (?). Sim, confuso, mas tipo... Eu não gosto de pensar em fazer certas coisas por saber que eu estarei errando. Bizarro. Bom, outro fato é que eu tenho essa tendência a mudar demais. Enquanto num momento eu gosto de escrever de tal maneira, noutro eu já pego e chuto o balde e escrevo a primeira coisa que vier na cabeça. Sou inconstante demais. Posso estar de boa agora, mas se acontece algo eu já posso ou ficar pra baixo o dia todo, ou por dez minutos, ou seguir meu rumo normal. Também sou ansioso demais. Devo sofrer de algum transtorno de ansiedade, desde pequeno isso me enche o saco. Mas por mais que eu diga que sou ansioso, eu não fico ansioso com coisas futuras. Essa viagem para São Paulo só me fez ficar ansioso no dia que estava vindo. No mês anterior que eu tinha a passagem em mãos, nada mudou.

Falando de comida e fatos aleatórios, eu sou uma pessoa que todos pegam no pé por só beber água praticamente. Vez ou outra que eu bebo suco, quando dá vontade. Não bebo refri, não bebo cerveja, não bebo álcool em geral, não bebo café. Tá, tomo Nescau, mas faz muito tempo que não faço um. Tenho preguiça, eu acho. Pode ser bizarro um jovem com (quase) 20 anos não curtir bebida alcoólica, ou um estudante de arquitetura que não gosta de café, ainda mais um que nunca experimentou cerveja e café. Anwyay, não quero provar, odeio qualquer coisa que possa mexer com o meu organismo e me tirar de mim mesmo. Sim, filosofia estranha, mas é o que eu sigo. Quanto a comida, eu não tenho uma favorita. Todos perguntam e eu sempre falo "sei lá". Também não quer dizer que eu coma de tudo... Sou bem seletivo. Era mais "enjoado" quando pequeno, mas agora eu tiro as coisas que eu não gosto e deu. Nunca curti "coisinhas", tipo cebola, temperos que ficam à mostra, alho, coisas do tipo. Nunca sei explicar, mas a minha família entende. Mas enfim, citei fatos aleatórios ali também: eu sempre quis usar óculos, mesmo achando que deve ser um porre. Nunca precisei usar aparelho, talvez precisasse agora, mas sei lá. Sou uma pessoa que se desapega fácil das coisas e pessoas. Tipo um terço que dei de presente e que senti falta por uns 10 minutos, quem sabe. Pessoas eu demoro mais para desapegar, um dia quem sabe. Claro que não é do nada também, tem que ter algum motivo. Enfim, adoro o R2-D2. Tenho três bonequinhos dele, um cofrinho, um peão e acho que mais uma coisa no meu quarto dele. Curto muito Star Wars e muitos podem me chamar de poser por não ter visto o sexto filme, mas eu não consigo ver filmes antigos sem cair no sono. Já tentei, sério mesmo, mas eu durmo. Odeio filmes muito atuais que investem tanto em efeitos especiais, acho que fica sem graça demais. Me tornei meio cético para uns clichês Hollywoodianos (é assim que se escreve?). Adoro Velozes e Furiosos, mas me irrita que um carro bata e exploda e fique pegando fogo. Sou alguém que se irrita fácil com coisas estúpidas e não irritáveis, mas que só de ver outra pessoa sorrindo já volto ao humor normal. Adoro pinguins, tartarugas e águias/gaviões. Se eu pudesse ter os três eu seria uma pessoa bem feliz. Mas claro, só se o pinguim fosse um mago, a tartaruga uma templária e o gavião um soldado de artilharia ou de combate direto. Sim, tenho mente fértil e isso é bom por vezes e ruim por outras. Adoro jogos em geral, computador, pc, video-game, nintendo 3DS. Apesar de gostar, eu quase não tenho jogado mais, afinal, eu me entrego demais aos jogos e vicio muito rápido. Tudo que eu não gasto de vicio em bebidas e drogas, eu gasto em jogos. Acho que tá bom de fatos aleatórios. Ah, adoro comer tatuíra, me sinto muito manézinho fazendo isso. Agora acabei.

Por último e mais importante, eu sou um eterno apaixonado. Já postei isso, já falei essa frase e já expliquei ela. Mas é a real, eu amo histórias de amor, seja com final feliz, final triste, final duvidoso. Não sou, também, uma pessoa de sair lendo tudo que é coisa do tipo e sair chorando pelos cantos, mas que eu curto uma boa história (de dez linhas que seja), isso eu curto. O que mais me faz cair que nem um idiota nessa coisa chamada amor são as pequenas coisas: Sorrisos, olhos, covinhas nas bochechas, um fio de cabelo solto tornando o arrumado uma bagunça. Enfim, várias coisas. Meu único defeito nesse quesito (que pode ser uma qualidade, talvez) é me entregar demais. Quando eu amo, amo de verdade. Sem ressalvas. Talvez me entregue até demais. Fazer o que...

Ah, não era último ali não. Lembrei de uma coisa muito importante (o que já me ajuda a dizer outro fato: tenho péssima memória, mas acho que só a curto prazo. A longo eu até tenho uma memória razoável.) que são os meus sonhos. Sabe aquela pessoa que sonha em conhecer tudo, ter uma vida super feliz, conhecer o amor da sua vida, ter filhos, casa própria, carro e cachorros? É, não sou eu. Odeio sonhar coisas previsíveis. Meus sonhos, na verdade, são utópicos. Falo de sonho mesmo, aqueles de quando tu dorme e acorda pensando: "caaaaara, minha mente é foda!". Mas sim, eu quero ter filhos, quero ter uma esposa para chamar de minha linda, minha pequena, enfim, seja lá qual for o adjetivo, quero ter a minha casa (projetada por mim, no caso). Quero tudo isso, mas não quero uma vida clichê. Se é pra viver, que seja diferente, que seja do meu jeito. Por isso que eu acho que escolhi arquitetura. Odeio rotinas (outro fato) e coisas fixas. Preciso do novo, preciso de mudanças. Um trabalho que fosse ser igual todo dia só serviria para eu tacar tudo pra cima e aprender a dirigir uma moto para viajar pelas américas arrumando bicos para sobreviver e seguir viagem.

Enfim, isso é um pouco de mim. Sei lá, só deu vontade de escrever para ver se eu me conhecia mesmo. Possivelmente devo ter esquecido muitas coisas importantes, mas ah, quem sabe na próxima. (obs: nem lembro se já não escrevi algo bem parecido com isso, mas deixa quieto).

Tchau, então!
Pê Meyer.

(Outro fato importante: adoro que certas pessoas me chamem de Pê, que outras pessoas me chamem de Pepê e que outras me chamem de Pedro. Infelizmente, não posso controlar quem me chama do quê e muita gente se encaixa na categoria do "não, tu não podes me chamar assim!", mas quem sou eu para falar algo?)

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

All the little things.

Incrível como pequenas coisas podem nos fazer tão bem, né? Usar uma cadeira diferente já te faz sentir um escritor. Sair pra dar uma volta de bicicleta já e voltar como um atleta. Tomar um banho de mar e, de repente, todos os problemas se esvairem junto com a onda ou com o "caldo" que se toma.

Pois é, cada pequena coisinha tem o seu valor no nosso dia a dia, por mais que por muitas vezes não nos demos conta disso. Afinal, muitas vezes um bom dia passa despercebido só pelo costume dele. Tu podes acordar todo dia e dar um bom dia pros teus pais e não fazer diferença, mas o dia em que não tem esse contato, pode ser diferente e pode te fazer falta.

Outro exemplo disso é a própria Mel, no meu caso. Pra quem não sabe, Mel é a minha cadela daschund (confesso que procurei no google a escrita correta, mas é a boa e velha Linguicinha que todos conhecem). Tipo, ela está sempre comigo ou com meus pais quanto estamos em casa, seja dormindo comigo, deitada do lado dos pais no sofá, enfim. Agora, estou de férias em Floripa e sempre que vejo um cachorro parece que me vem aquela alegria que estava faltando no meu dia. Alegria que a Mel preenche muito bem, por mais que às vezes ela seja um pé no saco.

Sei lá, talvez esse seja um texto meio bobo e tal, talvez tu já tenhas lido algum em outro blog muito melhor escrito e falando do mesmo tema, mas quis escrever também, afinal, hoje eu li um livro bem interessante que fala de um jovem que soube aproveitar a brevidade de sua vida. Recomendo a leitura desse livro (Histórias de uma Vida Urgente) para quem não conhecia tanto a história do Vida Urgente quanto eu não conhecia. Cheguei a escrever por aqui sobre esse livro e do sentimento que ele me passa, mas não é o foco e deixei nos rascunhos. Bom, basicamente o livro conta um pouco do Thiago Gonzaga, escrito pela sua mãe e alguns amigos/parentes. Esse é o jovem que, assim como meu irmão, faleceu num acidente de carro. Da morte dele que surgiu a Fundação Thiago de Moraes Gonzaga. Anyway, procurem saber mais, vale a pena.

Back to business. Parei pra perceber um pouco dessas pequenas coisas, realmente. Pode parecer idiota, mas uma das coisas que mais me faz lembrar a voz do meu irmão era o jeito que ele chegava em casa falando "Meeeeel" pra animar ela e levar ela pro lugar correto do xixi. Pequenas coisas tem grande importância. Até o jeito que ele me "expulsava" do computador após acordar com uma cara amassada conta. Não falei necessariamente que eram coisas boas, mas também as chatas deixam com saudades. hahahah

Sei que no momento eu posso não aproveitar tanto as férias que passo em família, na casa da minha avó ou da minha dinda, mas eu não consigo me forçar a "aproveitar mais" por, talvez, não querer acreditar que um dia eu não vou mais ver a vó rindo e contando as mesmas piadas de sempre, ou meu vô com seu jeito tímido quando eu vou dar um beijo ou abraço nele. Sabe, são coisas que eu realmente vivo no dia a dia e não me importo tanto. Fazer o que, é meu jeito de ser. Não me importo com o futuro, mas vivo o presente. Espero fazer dos meus dias bons e inesquecíveis para mim. Em suas pequenas coisas, principalmente. E se não foi bom hoje? Cara, sou jovem, tenho que aproveitar que eu tenho tempo para recomeçar e tentar de novo. Talvez, eu esteja escrevendo isso aqui não para vocês, mas para mim mesmo, coisas que eu tenho que aprender. Talvez, eu até já saiba, mas tenho preguiça de pensar no futuro e pôr em prática. Vai saber...

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

An ordinary date.

Hey, how are you? What about going out tonight? You can choose the place. Never really liked to decide for nobody, neither me being 50% of this. Anywhere, I don't matter. Oh, not this one... Okay, that nice restaurant can be. Pick you up at 20:30? Wonderful! 

Oh, you look so beautiful! Really, you're amazing! So, shall we go? My dad released the car to me, I parked right there. Yeah, I know i'm smiling like a fool, but it is because I keep thinking what other people must be thinking about me going out with such a beautiful girl like you! 

Here, come in! No, I will not hit the car again, brat. Wait until you get your license, want to see if you will still talking of me then! 

Good night, table for two. Can be that close to the window, honey? Right then, thank you so much! Wait, I pull the chair for you. You're welcome! :)

So, how was your day? Really? Boring. Noooo, that was not what I meant, you understood me! Anyway, what are we going to order? No, i told you that you are going to choose this time. Last time I did and you keep judging me all night because of the piece of meat you didn't like. Okay, can be this one. 

Hey, buddy, the lady here wants to order this plate, french fries with it. And to drink, well, which juice do you have? I will take one water and one strawberry juice to her. That's so, thank you!

Got the right juice? I knew it was the best of the options hahah

You know, Is really good being here with you tonight, even so is an ordinary dinner, being in your company is amazing! See, you look so beautiful smiling like that! I can't get tired of looking those red cheeks up there. hahah

Right, Thank you so much! I serve you! Is it good? Nice, anything you tell and I put more. 

So, did you liked your choice? Oh, if i had chose you absolutely would had crucified me like three times, hun? hahah No, no, I liked it! It's really tasty! Don't be like that, I was joking! Oh, you got me...

Waiter, the bill, please! No, i pay this one, you pay the next.

So, what did you thought about the night? I really liked it too! Don't you wanna go to the beach a little? I know is late, but there's light up there, no troubles.

I love this wave sound, brings me an incredible peace. Still so, the best is to being with you. Even without you say anything, you bring me the sabe peace. I love this shy smile. 

Okay, let's head home since it's getting late and you dad must be worried! No, no, I drive you there without problem, don't even think of that.

We are here. I go with you upstairs. Yes, I want to! 

So, thank you for tonight! I hope one day I don't need to say this like being a goodbye, but with both of us huging each other and going to sleep, on our very own house. By now, good night, my little! Sleep tight and we see each other in my dream! 

______________________________________________________________________________Um encontro normal.

Oi, tudo bem? Que tal sairmos hoje de noite? Tu pode escolher o lugar. Nunca gostei de decidir por ninguém, nem mesmo eu sendo 50% disso. Qualquer lugar, não me importo. Ah, esse não... Tá, aquele restaurante legalzinho pode ser. Te pego às 20:30? Maravilha!

Uau, como estás linda! Sério mesmo, tu estás incrível! Enfim, vamos? Meu pai liberou o carro, estacionei aqui na frente. Sim, eu sei que estou sorrindo que nem um bobo, mas é que eu fico pensando o que as outras pessoas devem estar pensando por eu estar saindo com uma guria tão linda que nem tu!

Pronto, pode entrar! Não, eu não vou bater de novo, pentelha. Espera tu tirar a carteira, quero ver se tu vais continuar falando de mim daí!

Boa noite, mesa pra dois. Pode ser aquela perto da janela, amor? Certinho então, muito obrigado! Pera! Deixa que eu puxo a cadeira pra ti. De nada! :)

Então, como foi o dia? Sério? Que sem graça. Nããão, não foi isso que eu quis dizer, tu me entendeu! Enfim, o que vamos pedir? Não, já falei que tu vais escolher dessa vez. Da última vez eu já tive que escolher e tu ficou me julgando a noite toda por aquela carne que tu não gostou. Tá, pode ser isso aí.

Então, amigo, a moça aqui quer pedir esse prato, com acompanhamento de batata frita. E pra beber, bom, o que tem de suco? Pode ser uma água sem gás pra mim e um suco de morango pra ela. Só isso, muito obrigado!

Acertei no suco? Sabia que das opções era o que tu mais gostava hahah

Sabe, é muito bom poder estar contigo aqui essa noite, por mais que seja só um jantar simples, estar na tua companhia é incrível! Viu, tu fica linda sorrindo assim! Não me canso de olhar pra essas bochechas vermelhas aí. hahah

Certo, muito obrigado! Pode deixar que eu sirvo! Tá bom assim? Beleza, qualquer coisa tu fala que eu sirvo mais.

E aí, gostou da tua escolha? Ahh, se eu tivesse escolhido com certeza já terias me crucificado três vezes, neh? hahah  Não, não, eu gostei! Está muito bom! Não fica assim, foi só brincadeira! Ah, vai te catar, fica se fazendo aí!

Garçom, a conta, por favor! Não, pode deixar que eu pago, tu fica com o próximo.

E ai, o que achou da noite? Também gostei bastante! Não está afim de ir na praia um pouco? Eu sei que está tarde, mas tem luz lá, fica tranquila.

Adoro esse barulho do mar, me traz uma paz incrível. Ainda assim, o melhor mesmo é a companhia. Mesmo sem precisares dizer nada, tu me passa essa mesma calma. Adoro esse teu sorriso tímido.

Tá, vamos pra casa que já está ficando tarde e teu pai deve estar preocupado! Não, não, eu te deixo lá sem problema, nem pensa nisso.

Chegamos. Te acompanho até lá em cima. Sim, eu faço questão!

Então, obrigado por essa noite! Espero que um dia eu não precise mais dizer isso como sendo um tchau, mas sim com nós dois abraçados indo dormir, na nossa própria casa. Por hora, boa noite, minha pequena! Dorme bem e nos vemos no meu sonho!

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Ele gosta dela. Ela ama ele.

Ele, um estudante de cursinho, recém terminou o terceirão e quer cursar medicina na faculdade. Amante de chá e de bisnaguinha com ketchup.

Ela, uma estudante de arquitetura, na metade da caminhada até o diploma. Adora escrever e desenhar, por mais que não saiba muito e se julgue sem talento.

Ele, um rapaz jovem, logo fará dezoito anos. Quer logo tirar a carteira. Gosta de sair para festas e ficar com as gurias.

Ela, também jovem, mas um pouco mais velha. Já tem a carteira e logo pretende pegar a definitiva. Gosta de chamar as amigas para ficar em casa batendo papo.

Ele, alguém que se foca no estudo e consegue passar tranquilamente a manhã toda estudando.

Ela, um pouco preguiçosa, acorda para o almoço e estuda o necessário.

Ele, é um cara atraente, mas perde para muitos outros. O que ele ganha mesmo é no sorriso.

Ela, não gosta do seu corpo. A única coisa que ela gosta em si são seus olhos verdes.

Eles, são católicos, participam de um grupo de jovens, mas cada um numa paróquia.

Ele, participa das tardes e fica para a missa. Às vezes, comenta nela.

Ela, gosta de participar da paróquia além das tardes do grupo. Ajuda na liturgia de Domingo e está sempre pela paróquia.

Eles, se falam há um bom tempo, mas somente pelo WhatsApp, Snapchat e, às vezes, por facebook, quando ela manda algum link legal para ele.

Ele, finge não se importar com ela. Talvez não se importe mesmo. Afinal, ele vive o momento dele e aproveita para curtir com seus amigos essa fase de final de colégio.

Ela, decidida, pensa em se casar. Se importa demais e passa noites e noites pensando. Quer um homem que vá realmente ser a verdadeira paixão.

Ele, se acha o dono da verdade. Acha que tem ela em suas mãos e pode chegar a qualquer momento que vai ser recebido de braços abertos.

Ela, sabe disso. Fantasia em sua cabeça que não vai ser assim e que ela não vai esperar para sempre, mas sabe que no fim está só esperando que o seu príncipe chame.

Eles, já brigaram algumas vezes. Ele foi cabeça dura. Ela foi grossa. Eles se estranharam. Eles são orgulhosos.

Ele, não expressa seus sentimentos por ela. Diz querer muito a amizade dela, mas não procura ela em nenhum momento.

Ela, só faltou dizer que amava ele, porque o resto todo ela já disse. Fica feliz a cada vez que o celular vibra, mas fica triste se não é por conta dele.

Ele, é muito fechado. Diz que os sentimentos dela são confusos para que ele não tenha que pensar sobre o assunto.

Ela, já se machucou antes e sabe que dessa vez o sentimento é tão real quando a dor de saber que ele saiu só para ficar com alguém.

Ele, não quer namorar. Não quer se machucar de novo, como no relacionamento anterior.

Ela, quer namorar. Vê nele o homem da sua vida. Qualquer dia, ela pede ele em casamento.

Ele, não fala muito sobre esse assunto.

Ela, publica num blog tudo que sente.

Ele, não tem opinião sobre o assunto. Afinal, não lê o blog dela.

Ela, publica o que a faz sentir bem.

Ele, na verdade é ela.

Ela, na verdade é ele.

Mas, do outro jeito, parecia mais normal, não?




Bom, e essa foi a minha primeira tentativa de fazer uma postagem desse tipo. Espero que alguém tenha gostado e que tenha saído interessante pelo menos. Gosto de experimentar novos estilos de texto e acho que aqui é o lugar perfeito para isso.
Grato pela atenção,
Pedro Meyer. :)

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

The End.

Nessa semana, chegou até mim a notícia de que o Grand Chase seria encerrado. Para quem não sabe, GC é um jogo da KoG que foi introduzido no Brasil pela Level Up! Games. Depois de 8 anos existindo, decidiram encerrar para dar ênfase a outros jogos que serão lançados, até onde entendi. Pode parecer um tema bobo de se abordar para muitos, afinal, podem vir e dizer "ah, mas é só um jogo". Não podiam estar mais errados.

Sabe, esse jogo tem um significado muito especial para mim e para o meu melhor amigo, Heitor. Já falei dele algumas vezes aqui no blog e, até, citando que eu tinha conhecido ele num jogo. Pois é, foi no GC. O noobzinho (novato) pedinte de Kazeaje se tornou a pessoa que mais me passa confiança e amizade hoje em dia. E, claro, ele me passou nesse jogo e em todos outros jogos que jogamos depois. hahah

Enfim, o que para muitos pode ser "só um jogo", para mim não é. Comecei a jogar esse jogo na Season 1 (primeira temporada), em Florianópolis. Meu irmão pegou para jogar, na verdade, numa madrugada e pegou o level 16. Eu, depois, demorei uma semana para pegar o level 15. Sim, ele tinha uma facilidade para jogos muito maior do que a minha. Depois, na volta para Porto Alegre, baixei no antigo computador e até abrir o jogo demorava em torno de 15 minutos travado numa página, mais 5 noutra, até que eu realmente pudesse me logar para jogar. Detalhe: Eu não podia entrar na sala de ninguém, afinal, se eu o fizesse o jogo travava e fechava. Eu tinha que jogar sozinho no início, mas para mim não era problema, eu me divertia bastante matando cogumelos e gons.

Tempo depois, compramos um novo computador e o jogo virou algo completamente diferente. Um mundo se abriu para mim. Comecei a jogar com outras pessoas e ver o quão incrível poderia ser. Participei da famosa Caçada 25. Morri muito, claro. Fiz expedições, matei trolls, paradoms, até as malditas 5 harpias que todo mundo odiava e que sempre te tacavam abismo abaixo e lá se ia uma vida. Passei para a segunda classe, cavaleira. Usava a espadachim na época, até aprender a usar a arqueira melhor e me apaixonar eternamente pela mira dela. Comecei a desbravar missões mais difíceis e até entrei em salas que tinham hackers que ajudavam o pessoal a upar (mesmo que eu estivesse cagado de ter a conta resetada). Enfim, muita coisa aconteceu nesse início.

Lembro que veio a Season 2 e mudou completamente o estilo do jogo. Meus amigos do colégio até comentaram bastante e novos combos surgiam, novos gráficos e, melhor de tudo, novos mundos. Comecei a ficar mais forte e enfrentar sozinho o modo heroico. Até que um dia... estava sem fazer nada e resolvi dar uma olhada nas salas de missão heroicas que eu tinha que completar para ganhar uma asa que se tornou obsoleta rapidinho até. Achei uma sala com um titulo pedindo ajuda. Lá, o jovem "XimP" estava esperando que uma "boa alma" o ajudasse a passar as vezes necessárias para completar parte da quest das Asas Heroicas. Foi a melhor coisa que eu fiz na vida. Lá, comecei a ajudar esse carinha e, no fim, a internet dele era uma droga. Estávamos no chefão já e só aparecia a notícia: "XimP desconectou-se". E eu pensando: "oba...". Mas ok, fui paciente e não me importei tanto, tava pela ajuda e pela diversão. Achei muito engraçado que a criatura não parava de me agradecer e que achava estranho quando eu falava palavrão. (Sim, até hoje eu nunca vi o Heitor falar um palavrão mesmo)

Bom, dali, surgiu uma grande amizade que desbravou Vermecia, Ellia, Xenia e o mundo todo do Grand Chase. Uma amizade que solou Berkas numa madrugada depois de um mês sem jogarmos juntos por conta de uma missão evangelizadora que ele foi fazer. Uma amizade que fez ele largar o servidor pirata para vir jogar o servidor da LuG de Ragnarok. Uma amizade que começou a jogar junto por um bom tempo, seja lá qual fosse o jogo. Uma amizade, que mesmo sem jogar nada, se mantém firme, afinal, o jogo foi o começo somente, a vida deu rumo ao resto.

Nesses anos após começar a jogar Grand Chase, joguei outros jogos também e fiz amizades neles. Lembro do "Paulinho541" do Lunia, que foi para o GC depois também. Lembro de outras amizades que surgiram no GC também como o thur-hary, o Diego (que não lembro agora o login dele) e o Lucas Paixão (que também não lembro o login, mas é o sobrenome dele mesmo). Enfim, tem gente que até hoje eu tenho no facebook e falo de vez em quando. Amigos incríveis que os jogos me proporcionaram conhecer. Claro que também tiveram aqueles que só se aproximaram de mim para roubar meus itens, para extorquir ajudas ou para me xingar, mas isso faz parte desse mundo online.

Aprendi muita coisa nesses anos e achei nos jogos um refúgio da vida social. E ao mesmo tempo, encontrei neles uma vida social. O que começou como uma simples diversão, se transformou num novo mundo. Tenho que admitir que sim, já gastei dinheiro em jogos. Já fiz a minha mãe me emprestar o cartão dela só para eu liberar a Amy porque a missão para ganhar ela iria demorar pelo menos um mês seguido fazendo. Mas sabe, não me arrependo de ter gasto 40 reais no set necromante da minha Lire na Season 2, não me arrependo de ter gasto 20 reais para comprar a arqueira do Lunia. Tudo isso fez parte da minha diversão quando criança / adolescente. Que nem tem adolescentes que, hoje em dia, preferem gastar esse dinheiro com festas e bebidas.

Muitos podem ler esse texto e ainda achar idiota e/ou não entender nada. O mundo dos jogos só permite ser entendido por aqueles que realmente já se entregaram a ele algum dia. Não espero que tu entendas, mesmo. A tristeza do término do Grand Chase é algo real. Hoje, o Heitor me trouxe um link de uma petição para que a KoG vendesse o GC para a LuG e, assim, ele se mantivesse de pé. Na minha opinião, eu não quis assinar, afinal, o GC já foi um grande jogo e de grandes desafios, que foi vencido pela fome infantil de ter seu personagem num nível alto ajudado pelos desenvolvedores. O jogo foi estragado pela facilidade que foi trazida. Eu acho difícil que o GC volte a ter os dias majestosos que já teve. Sim, ele poderia continuar a trazer lindas histórias como já vi de casais que se conheceram pelo jogo e levaram para a vida real, ou até de amizades que nem a minha e do Heitor, mas eu acredito que esse fim tem que ser agora. O jogo já não rende mais o que deveria render de diversão. Não estou julgando para que todos tenham essa opinião, cada um tem a sua, mas para mim: Foi bom, mas vamos seguir em frente! "Todo fim é um novo começo". Agarrado nesse pensamento, acredito que os jovens que se entregaram a esse jogo podem buscar um novo meio de construir suas histórias. Eu busquei outros jogos e hoje não jogo nada por saber do meu vicio que me faria me afastar de outras coisas, porque eu me conheço e sei que não consigo conciliar as coisas, mas tudo isso me ajudou na minha formação.

Bom, galera, eu sei que isso pode ter sido meio maçante e nada a ver, mas é uma realidade para milhares de jogadores. Fico feliz pelos resultados que o GC trouxe, mas se for o fim mesmo, me despeço como um bom amigo que sabe que a partida é por um bom motivo e que a "vida" dele foi boa e gerou frutos. É uma pena ver o fim de algo que já me trouxe tanta diversão, mas tudo que é bom termina em algum momento. Esse mix de sentimentos é complicado. hahaha


domingo, 11 de janeiro de 2015

Carta de reconciliação

Se hoje eu fosse escrever uma carta de verdade, para me reconciliar com aquilo que mais preciso estar em paz, gostaria de escrever um texto mais ou menos assim, onde eu pudesse deixar claro tudo que sinto perante a situação:

"Bom dia.

Como vai você? Eu tenho passado meio mal, mas estou bem. Tenho saudades de você. Faz um tempo que eu não falo mais contigo e te vejo. O que aconteceu contigo? Ou melhor, conosco? Lembro muito bem que tu fazias parte do meu dia a dia. Sem ti, parecia que o dia não tinha graça. 

Sabe do que eu mais sinto falta? De tu me xingando de idiota. Eu sei que tu gostava de me ofender assim e realmente me fazias parecer um idiota na tua presença. É esse o poder que tens sobre mim.

Muita coisa mudou. Não somos mais os mesmos. A nossa comunicação mudou drasticamente. Parece que não há mais tanta conexão quanto havia. Parece que não há mais autenticidade. 

Bom, se chegamos onde estamos, acho que foi porque eu não soube cuidar bem de ti. Parece que tu gostas de te afastar de mim. Parece que eu não te mereço por perto. E sem ti... meus dias são mais tristes, mais pensativos. Fico deixado de lado, me sentindo sozinho.

Mas afinal, tu queres voltar? Sabes que eu estarei de braços abertos para te receber a qualquer momento né? Achava que eu não precisava te falar isso, visto que já me conheces bastante. 

Apesar do bem que tu me faz, tu sabes que foste cruel comigo né? Como que tu pôde me deixar te seguir assim sabendo que a queda seria grande? Por que tu brincou comigo se a brincadeira só tinha graça para ti?

Bom, tudo na vida tem seus motivos. Tu deves ter tido os teus e eu com certeza tenho os meus para te querer tão por perto. Mas agora me diz: como que eu posso te querer tão perto de mim e, ainda assim, querer te esquecer? Por que tu me permites viver essa dualidade enigmática?

Queria mesmo poder viver feliz contigo, estar sempre do teu lado e tu ao meu, mas parece que a nossa briga faz parte de ambas existências. Não há uma existência harmoniosa. Se eu te quero do meu lado, tem que ser com todos os teus não poucos defeitos. Tenho que te aceitar na tua perfeita imperfeição, assim como eu me aceito sendo um ser de coração fraco. 

Não acho justo me aproximar do fim sem te pedir perdão. Eu quis te tomar como verdade única e não te aceitei nas tuas fraquezas. Eu te quis tanto para mim que esqueci de te deixar viver. Se hoje ponho meu sentimentos nas entrelinhas é porque eu pensei muito em como podia chegar até ti. E acredito que para esse encontro, temos que ir de coração purificado: me perdoa por ter dificuldade de aceitar o que tens a me oferecer; me perdoa por ser esse chato possessivo que te quer a todo instante; me perdoa por me deixar prender a ti e não querer te deixar partir mais. Mas, acima de tudo, me perdoa por eu ter deixado de ser eu mesmo no meio do caminho.

Ah, amor, por que tu não voltas para o meu coração e fica lá bem guardado onde eu devia ter te deixado? Tu sabes que gosto muito de te sentir, mas tu tem me feito mal. Talvez a nossa briga vá durar um pouquinho mais e daqui a pouco tu voltas, né?

Bom, sinto tua falta.
Não te afasta muito de mim.

De todo meu coração um grande abraço,
Pedro Meyer"

E, bom, se essa briga minha com o amor fosse ter uma resposta, acho que seria bem breve e curta:

"Oi querido.

Eu nunca te larguei e nunca te largarei. Se eu te fiz mal, foi porque era o único jeito para tu aprenderes. Um dia, tu vais entender tudo que se passou dentro de ti e que eu meti a mão e vais me agradecer muito. Por hora, posso dizer somente para que confies em mim. Eu sei o que estou fazendo. Aproveite a viagem e deixa as tristezas de lado. Vive o teu momento do melhor jeito possível e não te esqueça: sem mim, não existe vida. Me busque nos momentos mais tristes e terás a certeza de que tudo tem cura, inclusive tu mesmo. 

Um abraço apertado
do Amor."

E se eu viajei demais nessa postagem... olha, é isso que faz esse sentimento. Só isso que eu posso dizer. 

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Quanto vale a tua vida?

Oi.

Como vão vocês?

Então, a notícia do momento é essa do atentado na França. Não tenho grande opinião sobre o assunto. Não conseguiria escrever um texto gigante aqui sobre isso. Afinal, poderia enrolar e enrolar e a minha opinião terminaria numa pergunta: "Quanto vale uma vida?".

Bom, pelo que parece, cada um tem uma opinião quanto a isso. Eu acredito que essa violência foi desnecessária, com certeza. Qualquer ato de violência é desnecessário na minha opinião. Tanto o ato dos chargistas de quererem ofender uma religião, quanto o ato dos terroristas em tirar 12 vidas. Não me crucifiquem com coisas como "ahh, mas e a liberdade de expressão" e afins, não sou um grande teórico desse ramo e não creio que eu deva falar sobre isso, é somente parte da minha opinião. 

Voltando à pergunta: Quanto vale uma vida?

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Bom, é algo que me deixa meio pensativo. Eis umas possíveis respostas:

- Nada, já existem bilhões de homens e mulheres por todo canto. Uma vida não é nada.
- Tudo. Cada ser é único, cada vida é importante. 
- Sei lá, por que eu tenho que pensar nisso?
- Não tem preço. A vida é um dom que Deus nos dá e devemos cuidar dela com maior apreço.
- Uma vida vale uma charge.

Poderia passar a noite toda escrevendo possíveis respostas, mesmo que não sejam respostas que eu daria, mas iria ficar chato demais. Vou falar a minha opinião sincera: uma vida vale um aprendizado incrível; uma vida vale milhares de chances de fazer algo dar certo; uma vida vale sorrisos, tristezas, emoções; uma vida bem vivida deixa saudades; uma vida vale a vida, vale o dom que Deus nos dá de graça para aproveitar.

Uma vida pode valer muito. A vida que foi tirada das 12 pessoas com certeza valia muito. Não importa de quem for, a vida vale muito. Até a vida dos terroristas valem. Nenhuma vida devia ser tirada de modo tão cruel por motivos assim. Uma vida, definitivamente, não vale uma piada. 

Isso é um assunto que de fato me deixa pensativo. O valor de uma vida... O valor da minha vida... Já postei no outro blog com a seguinte questão: "E se eu morresse amanhã?". Bom, aprendi a respeitar o valor dessas palavras. Nunca sabemos do que pode acontecer no próximo dia. Jamais imaginaria eu que o dia 20 de Fevereiro de 2012 seria o último que eu iria conversar com o meu irmão. Jamais imaginaria que eu falando para ele que "o mano tatuíra é demais" seria a última coisa que eu diria para fazer ele rir. Eis a importância de cada dia... Aposto que os cartunistas não imaginariam que a ida para o trabalho seria a última da vida deles. E bom, ninguém imagina. A única coisa que sei é que nunca é tarde para tentar fazer a vida valer a pena...

Bom, comecei a escrever e acho que me perdi um pouco no meio, mas falei a minha mensagem. Não sou a favor da violência, tampouco "gratuita" como essa. Não idolatro os cartunistas pelas suas atitudes, tampouco posso dizer que concordo ou discordo de tudo que aconteceu, mas morte é algo muito sério para ser a consequência de uma dita "sátira".

Até mais,
Pedro.