terça-feira, 4 de agosto de 2015

A vida é feita de escolhas. Eu escolhi viver.

Vinte dias atrás, comecei a minha mais desafiadora mudança. Vim para Florianópolis sabendo de tudo que deixaria pra trás. Nesse tempo, muita coisa aconteceu: Reencontrei amigos antigos, fizemos uma maratona de Star Wars, vi o sexto filme pela primeira vez (único que faltava); fui no escritório da minha prima, comecei a ter uma rotina de trabalho, vi como as coisas funcionavam; fui na missa do Emaús, fui numa palestra sobre um jovem em processo de beatificação, visitei a paróquia que fiz a minha primeira comunhão; encontrei minha catequista, encontrei com minhas lembranças, fiz amizade com o Frei, me dispus a servir; as aulas começaram, a rotina apertou, os trabalhos começaram; comecei a estudar mais, a viver mais, a ser mais eu.

É, muitas coisas aconteceram nesses vinte dias. Foi um período de início de adaptação: de me encontrar comigo mesmo e de ter uma boa surpresa com o que encontrei. Foi um período de muitas memórias: da praça que andava de bicicleta com meu irmão, do prédio que moramos por um tempo, do quiosque que já alugamos bicicletas, do colégio que estudei e que fiz grandes amigos; enfim, de momentos bons que vivi e que guardo comigo.

Esse momento, porém, não se encerrou ainda.Se fosse para responder, agora, perguntas como: "Tu tá feliz?"  "Tá gostando da faculdade?"  "Tá gostando da cidade?"  Eu não poderia te responder. É cedo ainda. Muita coisa aconteceu, mas isso não é nem 10% do que o ano me reserva. Feliz? Bom, já estava antes. Não me considero uma pessoa triste em geral. Gostando da faculdade? Sei lá, cara! Tu não conheces algo por dois dias e já diz que ama ou não. A ansiedade é grande, porém, ela não pertence a mim. Vivo o meu momento e estou bem assim. Sei que muitas pessoas esperam coisas de mim, mas é o que terão que continuar fazendo: esperando. Sinto muito, mas a vida é feita de decisões. Meu avô decidiu seguir a sua profissão, aceitou a transferência de cidade e encontrou o amor da vida dele. Minha mãe decidiu vir pra Floripa com uma amiga, sair de casa naquele dia e achar meu pai na multidão. Meu irmão decidiu seguir parte de seu sonho, foi feliz com sua decisão e acabou se encontrando mais cedo com o Pai. Todos temos que tomar decisões pelo nosso próprio bem. Posso dar certeza de que nenhum desses se arrependeu de ter dado esse primeiro passo, portanto, tampouco eu me arrependo. Se foi o certo ou o errado? Isso cabe ao futuro. Deus já traçou seu plano para mim. Se eu estiver no caminho errado, uma hora ou outra Ele me mostra o certo. A tristeza fica, mas é superada; a vontade de estar perto também, mas a infelicidade de nunca ter tentado, essa sim nunca sairia da minha mente.

Agradeço, por fim, todos que me acolheram, todas despedidas que tive, todas amizades que se mantém forte, tudo de bom que me desejaram, seja nas postagens, ou nas orações; e tudo que Deus colocou no meu caminho. Estou feliz, sim, por ter tomado uma decisão. Agora se essa é a decisão mais feliz para mim, só Deus sabe. E quer saber de uma coisa? Eu confio nEle e tô bem assim.

Obrigado,
Pedro Meyer.

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